Acidente de avião em Taiwan mata 25 pessoas e mostra como é perigoso voar (na Ásia)

Quedas de avião são muito menos comuns que acidentes de carro, mas elas têm o péssimo hábito de acontecerem da forma mais chamativa possível.

Quedas de avião são muito menos comuns que acidentes de carro, mas elas têm o péssimo hábito de acontecerem da forma mais chamativa possível. Por exemplo, temos a queda do voo GE235: o avião ATR 72 perdeu altitude, sua asa bateu em uma ponte, e ele caiu no rio próximo.

A Administração Aeronáutica Civil de Taiwan confirma que pelo menos 25 pessoas morreram, 15 ficaram feridas – incluindo duas no solo – e 18 ainda estão desaparecidas.

O avião da taiwanesa TransAsia Airways caiu pouco após decolar de Taipei. Ele perdeu o controle enquanto tentava voar para Kinmen, uma ilha no sudeste da China. A torre de controle perdeu contato com os pilotos quatro minutos após a decolagem. A caixa-preta já foi recuperada para análise.

Motoristas na ponte gravaram vídeos do acidente usando câmeras instaladas no carro:


Este é o segundo acidente da TransAsia em menos de um ano. Em julho, outro avião ATR 72 caiu enquanto tentava um pouso de emergência nas Ilhas Pescadores, arquipélago na costa oeste de Taiwan; 49 pessoas morreram. O avião é fabricado pela empresa franco-italiana ATR.

Quedas de avião são proporcionalmente menos fatais que acidentes de carro. No Brasil, acidentes aéreos tiraram a vida de 3.527 pessoas entre 1928 e 2013. Enquanto isso, mais de 50 mil pessoas morrem todo ano em acidentes de carro – são 136 mortes por dia, ou cinco por hora. Nos EUA, mesmo considerando a distância viajada, voos são muito mais seguros.

Mesmo assim, quedas de avião ainda assustam mais. O USA Today comenta:

Dirigir oferece um controle mais pessoal, fazendo com que isso pareça mais seguro. Além disso, os acidentes de avião são catastróficos, matando mais pessoas de uma só vez, o que chama mais atenção e torna as pessoas mais sensíveis a eles. Acidentes de carro acontecem todos os dias e espalham a perda ao longo do tempo, fazendo com que seus efeitos combinados sejam menos perceptíveis.

No entanto, o acidente da TransAsia aponta para um problema maior: o tráfego aéreo na Ásia disparou nos últimos anos, e a preparação das empresas aéreas não acompanhou o ritmo.

O número de passageiros de avião na Ásia-Pacífico chegou a um bilhão em 2013, um terço do total mundial. Na América Latina e Caribe, somos menos de 250 mil.

E, como diz o Wall Street Journal, “a rápida expansão da frota de aeronaves e a pressão sobre os sistemas de formação de pilotos vêm aumentando os riscos de segurança”. Desde 2010, empresas asiáticas foram responsáveis por quatro de cada cinco incidentes com mais fatalidades.

Em 2014, dois dos acidentes aéreos mais chocantes foram na Ásia. Em março, o voo 370 da Malaysia Airlines desapareceu misteriosamente no Oceano Índico levando 239 pessoas a bordo. Em dezembro, um avião da AirAsia caiu no mar de Java, sudoeste da Ásia, matando 155 passageiros e sete pessoas da tripulação. [Wall Street Journal via Gawker; CNN]

Imagem por Missxoxo168/Twitter

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