Agência dos EUA vai investir US$ 70 milhões para desenvolver chips cerebrais

Em um futuro próximo, 10% dos veteranos de guerra poderão andar por aí com chips implantados no cérebro. A intenção não é um mundo estilo Eu, Robô, e sim tratar casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e abuso de substâncias. Parece loucura, não? Mas é exatamente o que a DARPA quer fazer. A DARPA […]

Em um futuro próximo, 10% dos veteranos de guerra poderão andar por aí com chips implantados no cérebro. A intenção não é um mundo estilo Eu, Robô, e sim tratar casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e abuso de substâncias. Parece loucura, não? Mas é exatamente o que a DARPA quer fazer.

A DARPA é uma agência do governo dos Estados Unidos ligada ao Departamento de Defesa para fins de pesquisas que possam ajudar na inteligência do país. Seu maior feito talvez seja a ARPANET, precursora da nossa internet. O Pentágono destinou ao laboratório US$ 70 milhões para “desenvolver e aplicar terapias que incorporem relatos em tempo real, análise e estímulos em dispositivos de próxima geração inspirados pelo atual Deep Brain Stimulation (DBS).” É isso o que a DARPA entende por um chip cerebral, um dispositivo implantável que pode ajudar militares a lidarem com problemas de saúde mental. A Systems-Based Neurotechnology for Emerging Therapies (SUBNETS), da agência, também busca entender melhor como essas doenças se manifestam no cérebro, e como a neuropsiquiatria pode ajudar no tratamento. O programa é parte da recém-anunciada iniciativa BRAIN, do governo dos EUA, do qual a DARPA recebeu US$ 50 milhões.

Estimulação cerebral profunda não é algo novo. Atualmente, cerca de 100.000 pessoas ao redor do mundo contam com implantes cerebrais para tratar de sintomas da doença de Parkinson e distonia. A tecnologia também está sendo testada como possível tratamento para pacientes com lesão no cordão espinhal, assim como outros casos como dores crônicas e depressão severa. Dispositivos existente usam um neuroestimulador alimentado por uma bateria para atingir áreas específicas do cérebro com estímulos elétricos. Pense em chips funcionando como marcapassos cerebrais. É bem eficiente, mas como Meghan Neal, do Motherboard, afirma, médicos não entendem ainda como os dispositivos atuais funcionam, e eles não podem coletar os dados. (Dica: talvez seja uma boa ideia saber como uma tecnologia funciona antes de implantar algo no cérebro de alguém).

Quem sabe o que a DARPA vai criar. Tenha em mente que é a mesma agência que está criando um robô humanoide totalmente funcionam que pode andar em pedras, junto com um exoesqueleto para soldados vestirem durante batalhas. E eles criaram um dos embriões da internet. Então se você está cético em relação aos novos chips cerebrais, lembre-se que esses caras só aceitam grandes projetos. E eles frequentemente são bem sucedidos.[DARPA via Motherboard]

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