Alan Bean, o quarto homem a pisar na Lua, morre aos 86 anos

Alan Bean, a quarta entre apenas 12 pessoas que pisaram na lua e um dos primeiros americanos que passou muito tempo vivendo em uma estação espacial, morreu neste sábado (26), aos 86 anos. • A história por trás da foto deste astronauta é tão legal quanto seus cachorros • Conversamos com um astronauta sobre tomar […]

Alan Bean, a quarta entre apenas 12 pessoas que pisaram na lua e um dos primeiros americanos que passou muito tempo vivendo em uma estação espacial, morreu neste sábado (26), aos 86 anos.

• A história por trás da foto deste astronauta é tão legal quanto seus cachorros
• Conversamos com um astronauta sobre tomar banho, peidar e transar no espaço

“Alan era o homem mais forte e bondoso que eu já conheci. Era o amor da minha vida e sentirei muito a sua falta”, disse Leslie Bean, esposa do astronauta por 40 anos. “Texano nativo, Alan morreu em paz em Houston, cercado daqueles que o amava”.

Estamos tristes pelo falecimento do astronauta Alan Bean. Quarta pessoa a andar na Lua, ele passou mais de dez horas na superfície lunar durante a missão Apollo 12. Bean era comandante da sonda na Missão Skylab II e dedicou sua aposentadoria a pintura.

Piloto de testes da Marinha dos EUA, Bean foi um dos 14 trainees selecionados pela NASA para sua terceira classe de astronautas. Ele foi designado como piloto do módulo lunar para a Apollo 12, a segunda missão da NASA na superfície da Lua, em novembro de 1969.

Bean passou um total de 31 horas e 31 minutos da lua. Em uma entrevista concedida à NPR em 2016, Bean descreveu sua estadia por lá dizendo: “Eu lembro… dizendo a mim mesmo ‘Sabe, isso realmente é a lua. Realmente estamos aqui… Ali está a Terra’. E disse isso duas ou três vezes para mim mesmo”.

Em 1973, Bean comandou o segundo voo tripulado para a Skylab, a primeira estação espacial dos Estados Unidos. A viagem marcou um recorde na época, já que Bean e outros dois companheiros passaram 59 dias à bordo da Skylab. Eles cobriram 39,2 milhões de quilômetros, gerando 28,9 quilômetros de fitas de computadores que realizaram pesquisas sobre a Terra e coletaram mais de 76 mil fotografias do Sol.

Ele estava na fila para fazer os primeiros vôos de ônibus espaciais e se recusou a dar espaço para astronautas mais jovens. Bean continuou a ter um papel ativo na NASA como chefe civil do Grupo de Treinamento e Operações de Candidato a Astronautas até 1981. Foram 69 dias, 15 horas e 45 minutos no espaço no total.

Após o seu período na NASA, Bean se dedicou à pintura – um dos seus sonhos era se tornar artista em tempo integral, para a surpresa de seus colegas astronautas. “Eu diria que 60% deles pensaram que eu estava tendo uma crise de meia idade”, escreveu Bean em seu livro Apollo, de 1998.

Muitas das pinturas de Bean capturaram momentos das missões para Lua que apenas ele e alguns outros humanos tiveram a oportunidade de viver. Seu trabalho ficou conhecido pela riqueza de detalhes. Ele passava semanas estudando as fotos e vídeos existentes, e às vezes ligava para outros astronautas para obter lembranças deles.

“Seu entusiasmo com o espaço e com a arte nunca diminuiu”, disse Harrison Schmitt, piloto do módulo lunar da Apollo 17. “Alan Bean é um dos grandes homens do renascimento de sua geração – engenheiro, piloto de caça, astronauta e artista”.

Com a morte de Bean, apenas outros quatro humanos que já pisaram na Lua estão vivos. Nesse clube exclusivíssimo, Bean deixa Buzz Aldrin, 88; Dave Scott, 85; Charlie Duke, 82; e Harrison Schmitt, 82.

[NPR, New York Times, NASA]

Imagem do topo: AP

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