Android Auto chega ao Brasil em abril em carros da Volkswagen, Chevrolet e Honda

Para usar a plataforma do Google para carros, o usuário precisa baixar o app Android Auto e se conectar a uma central multimídia compatível.

Após ter sido disponibilizado no início de 2015 nos Estados Unidos, o Google anunciou a chegada do Android Auto no mercado brasileiro. O app que habilita a funcionalidade nos smartphones do robôzinho chega no início de abril, de forma gradual, segundo a companhia.

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A plataforma lembra um pouco o Android Watch, pois é necessário baixar um app separado no smartphone e há uma seção de aplicativos na Play Store modificados para este formato de tela. Não são muitas as opções, mas a tendência é que com a abertura de API mais desenvolvedores adaptem conteúdos para as centrais multimídias presentes em carros.

Em quais carros posso encontrar o Android Auto?

Apesar da estreia, já existem carros disponíveis no mercado preparados para Android Auto. Agora, por exemplo, estão no mercado: Novo Cobalt (da Chevrolet), Accord (da Honda) e boa parte dos carros novos da Volkswagen (Novo Gol, Novo Voyage, Nova Saveiro, Fox, CrossFox, Space Fox, SpaceCross, Golf, Jetta, Novo Passat, Tiguan e Fusca).

Novos modelos de montadoras como Fiat, Ford, Hyundai, Mitsubishi e Suzuki já devem vir habilitados para a interface automotiva do Google. Mesmo assim, quem não tem um sistema compatível, pode comprar uma central multimídia que suporte o Android Auto.

Por enquanto, no Brasil só tem a AVIC-F70TV (foto abaixo), da Pioneer, disponível desde o ano passado e que tem preço sugerido de R$ 2.799. O dispositivo tem uma tela de 7 polegadas, TV digital, GPS integrado e possibilidade de rodar CD, DVD e pendrive.

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Como é o Android Auto

O Android Auto é basicamente uma versão adaptada do sistema do robozinho para uma interface automotiva. O carro precisa ter um centro de multimídia compatível com a plataforma e o smartphone do usuário deve ter no mínimo o sistema Lollipop (Android 5.0).

Tudo no Android rola por sistema de voz ou pela interface sensível ao toque. Porém, ela é bem simplificada, pois a ideia é tentar facilitar a vida do motorista e evitar que ele se distraia. Não tem um “ok, Google” para ativar o sistema de voz. Para executar um comando, é necessário tocar em um botão do microfone e falar. Importante lembrar que não existe um reconhecimento de voz do dono. Então, o carro precisa estar em silêncio para o sistema ouvir os comandos.

Diferente de alguns sistemas multimídia que se conectam ao carro via Bluetooth, para usar o modo projeção do Android Auto, basta conectar o smartphone com Android Auto instalado a central de entretenimento do veículo via porta USB. Além de carregar o aparelho, a tela do smartphone é travada (não aparece notificações na tela do dispositivo), fazendo com que o motorista só se concentre na tela instalada do veículo.

A central multimídia então ganha a cara do Android Auto. Lá encontramos cinco telas: mapas, ligação, tela inicial, música e sair. Esta última serve para o usuário voltar para a interface do fabricante — esses dispositivos multimídia suportam vários sistemas, o que vi em funcionamento em um Golf, por exemplo, rodava CarPlay, da Apple, e ainda tinha uma interface própria da montadora alemã.

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Tela inicial do Android Auto mostra cards como o Google Now, rodando na central multimídia de um Golf

No fim das contas, o Android Auto é praticamente um Google Now. Isso fica mais evidente na tela principal, que mostram cards como a funcionalidade já presente no smartphone. De cara, ela já mostra a temperatura e informações rápidas de trânsito.

Ao perguntar, “como estará o tempo amanhã em São Paulo?”, ele fala os detalhes solicitados, sem mostrar um card. O interessante é que a plataforma consegue entender alguns contextos. Após o pedido anterior, o sistema também reconhece se você falar “e na sexta?”, e a plataforma responderá os detalhes de previsão de tempo.

O mesmo ocorre com mensagens. Suponha que alguém enviou uma mensagem via WhatsApp e você não pode responder na hora. Ao dizer “responder”, o sistema entenderá que foi a última mensagem recebida.

Em música, por enquanto, o sistema tem adaptações do Play Music, do próprio Google, e do Spotify. Chama a atenção que a interface não tem as mesmas opções da versão por smartphone. Tem apenas itens como: música para dirigir, atividade recente, listas e reprodução, fila (que mostra as próximas canções) e playlists, uma seleção por gêneros e fila (que mostra as próximas canções). Se você pedir para ouvir uma música em específico, ele vai buscar no sistema e executá-la, independente de ter ela offline ou não. Isso pode causar um bom rombo no plano de dados.

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Interface do sistema de música do Android Auto; plataforma suporta Play Music (foto) e Spotify

Além dessas funções, é ainda possível marcar lembretes, fazer perguntas do tipo “qual a idade da Madonna?” e, logicamente, fazer ou receber chamadas.

Cadê o Waze?

Um possível problema que os primeiros usuários do Android Auto terão é a falta de uma versão do Waze. Mesmo sendo uma empresa do Google, o sistema ainda não foi adaptado. Logo, a única opção disponível por ora é o Google Maps, que também não é de todo o mal.

Além de usar alguns dados do Waze (como motivo de trânsito, em algumas ocasiões), a plataforma de mapas do Google traz informações interessantes, como estabelecimentos, horário de abertura, reviews dos locais, etc.

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