Aparelho de Blu-ray a preço baixíssimo: popularização ou desespero?

Quando uma nova tecnologia é introduzida no mercado, é normal os produtos custarem uma nota — ah, TV de OLED que custa um rim… Com o tempo as fabricantes cortam custos, otimizam a produção e o preço cai. Até o ano passado um disco de Blu-ray chegava fácil aos três dígitos, hoje, você compra um […]

Quando uma nova tecnologia é introduzida no mercado, é normal os produtos custarem uma nota — ah, TV de OLED que custa um rim… Com o tempo as fabricantes cortam custos, otimizam a produção e o preço cai. Até o ano passado um disco de Blu-ray chegava fácil aos três dígitos, hoje, você compra um aparelho por menos de R$ 200 e ainda leva quatro filmes de lambuja. Popularização ou desespero?

A oferta é do Ponto Frio e só vale para hoje. E é um aparelho dos bons, um Sony BDP-S380 com acesso à Internet, controle via Android e outras frescurinhas, por R$ 199 — na Sony Style, loja oficial da empresa, ele custa R$ 449. E não para por aí: como brinde, a Sony manda quatro filmes. Está bem barato, mesmo, e isso levanta algumas questões inquietantes.

O que acontece com o Blu-ray? Sua qualidade ainda é inigualável, mesmo com YouTube, Netflix e similares transmitindo em 1080p, a taxa de bits por segundo de um disco é monstruosamente maior que a de um streaming via Internet. E ainda tem os extras e, para quem se liga nessas coisas, a “parte física” — o disco, a caixinha, o encarte, o cheiro, o clima de seduç.. opa. Enfim, mesmo com a popularização dos serviços de filmes via streaming (que incluem o Crackle da própria Sony), o Blu-ray preserva características exclusivas.

Mas será que esses encantos são suficientes para popularizar o formato e frear a revolução do online? Muita gente não consegue diferenciar uma imagem da TV analógica de uma em alta definição, se você colocar dois vídeos em 1080p com taxas de bits diferentes, esse número fica ainda mais reduzido. E tem todo o lance da comodidade e o fator instantâneo. Apesar das qualidades do Blu-ray, a nova concorrência é forte e, aqui, talvez nos leve a queimar a etapa do Blu-ray e entrar direto na do streaming.

Nessa linha, pode não ser mais tão arriscado dizer que Blu-ray e discos em geral serão, cada vez mais, produtos de nicho, tal qual os vinis são, hoje, para a galera alternativa e/ou audiófila — ainda que promoções como sejam uma última investida da indústria para emplacar o formato. Você já aposentou os discos físicos? A nuvem e os serviços de streaming já lhe satisfazem totalmente? [Ponto Frio]

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