NASA encontra uma estranha aurora na atmosfera de Marte

O satélite MAVEN tem a missão de estudar a atmosfera de Marte. E ele encontrou uma aurora no planeta vermelho, diferente de tudo já visto antes por lá.

O satélite MAVEN (Evolução Atmosférica e Volátil de Marte) tem a missão de estudar a atmosfera de Marte. E ele encontrou uma aurora no planeta vermelho, diferente de tudo já visto antes por lá.

Tal como na Terra, as cores espetaculares de auroras em Marte são o resultado das partículas carregadas eletricamente, vindas de tempestades solares que atingem a atmosfera.

Mas lá, a atmosfera é mais fina, e a magnetosfera – que atrai as partículas carregadas – também é mais fraca e mais irregular que na Terra. Como explica a NASA, Marte tinha um campo magnético protetor semelhante ao nosso, mas o perdeu há bilhões de anos. Por isso, as partículas solares podem atingir diretamente a atmosfera.

As auroras aparecem só no hemisfério sul marciano, onde o campo magnético é mais forte. Desta vez, no entanto, a aurora surgiu no hemisfério norte, e muito mais próxima à superfície do que o esperado. Por isso, ela é considerada tão incomum pela NASA, como explica a New Scientist:

A nova aurora, apelidada de “Luzes de Natal” pela equipe – pois ocorreu entre 18 a 23 dezembro do ano passado – é diferente. Ela foi vista em diferentes partes do hemisfério norte e em altitudes muito mais baixas que auroras anteriores. “Nós vimos que ela não está ligada a regiões magnéticas”, diz o [líder da missão Bruce] Jakosky.

Aurora em Marte (1)

A equipe do MAVEN agora planeja analisar todo o hemisfério norte, colocando o satélite de frente para o Sol, o que pode ser arriscado: “temos que desligar algumas medidas de proteção; se algo der errado, vamos queimar o instrumento”, diz Jakosky.

Enviamos tantos rovers para a superfície de Marte, mas ainda há muito a aprender sobre o que acontece em sua atmosfera. É nisso que o MAVEN vai se dedicar; ele também possui a missão de entender o que aconteceu com toda a água que havia na superfície do planeta. O satélite está em órbita desde setembro do ano passado. [New Scientist e NASA]

Imagens por Universidade de Colorado

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