Todo mundo sabe que produtos tecnológicos são ridiculamente caros no Brasil. Mas quando se trata da Apple, os preços extrapolam todas as fronteiras do aceitável. O Business Insider, site que cobre principalmente negócios e tecnologia, mandou um correspondente para o Brasil para ver nossos preços de perto. E o cara quase caiu pra trás de susto.
Elas foram até uma loja iPlaces, no shopping Bourbon, em São Paulo, e analisaram os preços até serem convidados a se retirar do estabelecimento por estarem tirando fotos dos aparelhos. Na loja, o iPhone 5S de 64 gigas está custando R$ 3.599 (US$1.637), contra os US$ 849 cobrados pelo aparelho sem operadora nos EUA. Isso nos dá o vergonhoso título de vendedores do iPhone 5S mais caro do mundo.
Segundo a reportagem:
Os preços absurdos do Brasil, que não são praticados somente com os produtos da Apple, podem ser atribuídos a gargalos de transporte, políticas protecionistas, uma história de inflação alta, um sistema fiscal disfuncional e uma moeda supervalorizada.
Eles trazem mais algumas comparações de preços entre o Brasil e a Apple Store americana. Mantivemos todos os preços em dólares para dar uma noção maior da discrepância:
iMac 3.4 GHz
No Brasil – US$ 4.320
Nos EUA – US$ 1.999MacBook Air 13’ (256 GB)
No Brasil – US$ 2.455
Nos EUA – US$ 1.299Fones de ouvido
No Brasil – US$ 67
Nos EUA – US$ 29iPad Mini Retina com WiFi
No Brasil – US$ 681
Nos EUA – US$ 299
É bom lembrar que no dia primeiro de abril foi noticiado um aumento de preço em alguns produtos da Apple, como MacBooks e iPods nas lojas de São Paulo. E não, não era uma piadinha. O percentual de aumento variou entre 10,42% (MacBook pro 13’ 2,5 GHz) e 22,25% (iPod Touch 16 GB). A explicação para os novos preços foi o aumento de 50% (!!!) na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do estado de São Paulo.
Já estamos cansados de saber que a carga tributária do Brasil é uma das mais pesadas do mundo e que os produtos da Apple não são conhecidos pelo preço baixo, mas ainda assim não dá pra não se espantar quando as coisas ultrapassam as raias do absurdo.
[Via Business Insider]