Camelôs lucram com Blu-rays piratas – que não são Blu-rays

  Os tocadores de Blu-ray estão caindo de preço significativamente. Se, há um ano, era quase impossível achar aparelhos por menos de R$ 900, hoje já dá para comprar modelos por menos de R$ 400. O problema é que quem chega à alta-definição, com TV de LCD com conversor digital e Blu-ray player, fica um pouco chocado com o preço dos filmes, não raro batendo a casa dos R$ 80. E se há demanda, há piratas. Ao menos em São Paulo, pipocam camelôs que já oferecem Blu-rays gravados, por R$ 20 (ou 3 por R$ 50). Problema: não são Blu-rays.

Os tocadores de Blu-ray estão caindo de preço significativamente. Se, há um ano, era quase impossível achar aparelhos por menos de R$ 900, hoje já dá para comprar modelos por menos de R$ 400. O problema é que quem chega à alta-definição, com TV de LCD com conversor digital e Blu-ray player, fica um pouco chocado com o preço dos filmes, não raro batendo a casa dos R$ 80. E se há demanda, há piratas. Ao menos em São Paulo, pipocam camelôs que já oferecem Blu-rays gravados, por R$ 20 (ou 3 por R$ 50). Problema: não são Blu-rays.

Fui ontem a algumas lojas na região da Paulista verificar a situação. Os vendedores, que não queriam fotos (perdoem o foco da de cima, veio de um celular), me contaram que a venda de "Blu-rays" começou há cerca de um mês e meio. Neste estande da foto, originalmente vendia-se apenas uma dúzia de títulos (os piratas de BR sempre vêm em caixinhas, e não no papel, como os DVDs). Hoje já há caixas com filmes variados, de Cidade de Deus e Tropa de Elite a Hot Tub Time Machine. "Acaba tudo rapidinho", me garantiu um deles.

Mas será que vender BDs piratas vale o esforço, há lucro? A mídia virgem ainda é bastante cara – no MercadoLivre, não se encontra a unidade de Blu-ray virgem por menos de R$ 10. A gravação é bem mais lenta e ainda há caixinhas mais caras. Solução: os filmes são gravados em DVDs de dupla camada, que cabem até 8,5 GB e saem por uns R$ 4 a unidade, a partir de com compressão AVCHD (detahes técnicos, aqui). Você não vai conseguir rodar discos assim no seu DVD-player normal, mas no PS3 ou tocadores de Blu-ray, sim. 

São filmes em alta-definição, às vezes Full-HD – a compressão é bastante eficaz. A não ser que você seja muito, muito videófilo, é quase impossível determinar a diferença em relação ao filme Blu-ray em si: faltam apenas extras, coisas interativas e aquele milhão de legendas. Mas pelo menos não há as irritantes mensagens anti-pirataria e trailers que eu tenho nos meus Blu-rays originais.

Enquanto o disco falsificado estiver sendo vendido por esse preço absurdo (R$ 20 é bastante), os estúdios têm a chance de colocarem seus filmes a preços competitivos e vencerem pela primeira vez os piratas. Se não, vamos ver um bocado de piratas falsos (se é que isso é possível) em barracas por aí e arquivos .mkv usando banda da internet.  Eu avisei.

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