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Chelsea Manning, analista que vazou dados militares dos EUA, foi solta hoje

O Exército dos Estados Unidos confirmou hoje que Chelsea Manning, analista de inteligência responsável por um grande vazamento militar em 2010, foi solta

O Exército dos Estados Unidos confirmou hoje (17) que Chelsea Manning, analista de inteligência responsável por um grande vazamento militar em 2010, foi solta do presídio de Fort Leavenworth, no Kansas. Em janeiro, em uma de suas últimas decisões no cargo, o ex-presidente Barack Obama comutou a sentença de Chelsea. Ela havia sido condenada a 35 anos de prisão por violar a Lei de Espionagem. Manning cumpriu sete anos da pena.

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Durante o depoimento ao tribunal militar, Manning confessou o roubo de mais de 700 mil arquivos, entre eles 250 mil telegramas diplomáticos das embaixadas americanas, entregando tudo para o Wikileaks. A pena de 35 anos foi considerada dura para uma condenação por vazamento. O New York Times aponta que foi a punição mais longa imposta contra alguém acusado de vazar informações de inteligência dos EUA.

Quando foi presa em 2010, Chelsea Manning ainda era conhecida como Bradley Manning. Ela lutou para receber tratamento para o seu transtorno de identidade de gênero, que inclui uma cirurgia de mudança de sexo – que lhe é garantido por lei mas com a qual as Forças Armadas não têm nenhuma experiência.

A ex-analista de inteligência do Exército dos EUA tentou cometer suicídio duas vezes no ano passado e também entrou em greve de fome para protestar contra seu tratamento no Quartel Disciplinar dos EUA em Fort Leavenworth.

Num comunicado à ABC News, Manning disse que “agradece pelo apoio maravilhoso que recebeu de tantas pessoas ao redor do mundo durante os últimos anos”. Chase Strangio, da ONG União Americana pelas Liberdades Civis comemorou a soltura: “Assim como muitas pessoas na prisão, principalmente mulheres transgênero, Chelsea Manning precisou sobreviver a violências impensáveis durante os sete anos de sua encarceração. Finalmente, ela irá deixar a prisão e construir uma vida além das barreiras físicas dos muitos lugares de sua detenção”.

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