Este cinturão invisível mantém a Terra a salvo da radiação

Um estudo conduzido pela NASA do cinturão de radiação Van Allen descobriu novas informações sobre o “escudo” invisível que mantém os perigosos elétrons ultra-relativistas longe da Terra. Em um estudo publicado na Nature, cientistas do MIT e da Universidade do Colorado em Boulder detalharam suas análises de dados das Sondas Van Allen da NASA, que […]

Um estudo conduzido pela NASA do cinturão de radiação Van Allen descobriu novas informações sobre o “escudo” invisível que mantém os perigosos elétrons ultra-relativistas longe da Terra.

Em um estudo publicado na Nature, cientistas do MIT e da Universidade do Colorado em Boulder detalharam suas análises de dados das Sondas Van Allen da NASA, que estão estudando os cinturões de radiação ao redor da Terra – foi só no ano passado que as sondas relataram a existência de um novo e até então desconhecido terceiro cinturão a milhares de quilômetros acima da Terra. Essas naves estão mandando informações vitais sobre o espaço em torno do nosso planeta. E na Nature dessa semana, descobrimos ainda mais.

No estudo, soubemos da existência de uma barreira rígida no rodapé do cinturão mais externo, a cerca de 11 mil km de altura, e algo chamado de “silvo plasmaférico”. Essa camada de ondas eletromagnéticas interrompe os elétrons altamente energizados que ficam vagando ao redor da Terra de chegar perto dela de fato. O MIT News explica que o “silvo” no nome do fenômeno é devido ao som que as ondas fazem no rádio, e que ele nos mantém a salvo do que de outro modo seria uma radiação bem perigosa:

Baseado em seus dados e cálculos, os pesquisadores acreditam que o silvo plasmaférico essencialmente desvia os elétrons, fazendo com que eles se colidam com átomos de gás neutros na atmosfera superior da Terra e, por fim, desaparecendo. Essa barreira natural e intransponível parece ser extremamente rígida, evitando que os elétrons altamente energizados cheguem mais perto do que a 2,8 vezes o diâmetro da Terra – ou aproximadamente 11 mil quilômetros da superfície terrestre.

No relatório do MIT, John Foster, diretor associado do Observatório Haystack, do MIT, descreve a descoberta desse escudo como “um fenômeno nítido, extraordinário e pouco usual”, já que é raro encontrar uma barreira tão aguda na atmosfera. Ele acrescentou que a descoberta nos diz mais sobre como naves e seres humanos se comportariam a milhares de quilômetros longe da Terra.

Algumas agências de notícias estão comparando o fenômeno a Star Trek, mas nesse caso específico, a realidade é ainda mais legal que o equivalente da cultura pop. Ficamos com o “silvo”. [Nature, MIT News]

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