Cofundador da RIM Jim Balsillie pula do barco antes dos ruins resultados financeiros da empresa serem anunciados

Antecedendo a conferência de hoje, a RIM anunciou que o cofundador Jim Balsillie deixou o conselho da empresa que construiu. Balsillie é um dos três executivos de alto nível que anunciaram suas saídas hoje, junto com o CTO de software e o COO de operações globais. São más notícias que antecedem a divulgação de resultados financeiros […]
RIM sangrando.

Antecedendo a conferência de hoje, a RIM anunciou que o cofundador Jim Balsillie deixou o conselho da empresa que construiu.

Balsillie é um dos três executivos de alto nível que anunciaram suas saídas hoje, junto com o CTO de software e o COO de operações globais. São más notícias que antecedem a divulgação de resultados financeiros amargos.

De acordo com o release, o faturamento no quarto trimestre fiscal de 2011 foi de US$ 4,2 bilhões, queda de 19% em relação aos US$ 5,2 bilhões do trimestre anterior e 25% mais baixo que os US$ 5,6 bilhões do mesmo trimestre do ano passado. A queda no faturamento para o trimestre foi de aproximadamente 68% para hardware, 27% para serviços e 5% para software e outras fontes de renda. Durante o trimestre, a RIM produziu cerca de 11,1 milhões de smartphones BlackBerry e mais de 500 mil tablets BlackBerry PlayBook.

Essa é uma queda acentuada em faturamento e uma queda de 23% na produção de smartphones em relação ao trimestre anterior. Tudo indica que a conferência não será muito animada…

Para estancar o sangramento, a empresa diz estar se distanciando do consumo de mídia e apps e voltando ao cerne corporativo.

“Acreditamos que o BlackBerry não conseguirá ser bem sucedido se nós tentarmos ser desejados por todo mundo e dar todas as coisas para todas as pessoas”, disse o novo CEO da empresa Thorsten Heins. Isso significa um afastamento da mídia de consumo e um reforço nas ofertas a empresas que deram à RIM uma base pra começo de conversa.

Há três formas de fazer isso acontecer: um, a RIM miraculosamente transformar completamente seu negócio, por si só, com a força da sua plataforma BlackBerry 10. Isso é bem improvável. Dois, a RIM ser vendida como peça de reposição. Isso também não é muito provável, mas não está fora de cogitação; Heins disse hoje que a empresa “consideraria” aquisições externas, ainda que esse não seja o foco estratégico de faturamento da empresa. E três: a RIM continuar do jeito que está, imersa em sua irrelevância, até que as perdas passem o seu faturamento e ela quebre.

Qualquer desses cenários é para pelo menos daqui a um ano. Nesse meio tempo, espere mais conferências e anúncios de lucros como esse: Estamos perdendo. Estamos tentando ganhar. Não temos certeza se podemos. [Yahoo Finance via Globe and Mail via AllThingsD]

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