Como o Google entrega as suas informações para a NSA

Desde que surgiram as primeiras notícias sobre o PRISM, houve muita confusão sobre como exatamente a NSA (Agência de Segurança Nacional) consegue as informações que coleta das empresas como Facebook e Apple. Agora o Google revela os detalhes, e não é nada muito surpreendente: via FTP ou até mesmo entregando em mãos. O representante do Google Chris […]

Desde que surgiram as primeiras notícias sobre o PRISM, houve muita confusão sobre como exatamente a NSA (Agência de Segurança Nacional) consegue as informações que coleta das empresas como Facebook e Apple. Agora o Google revela os detalhes, e não é nada muito surpreendente: via FTP ou até mesmo entregando em mãos.

O representante do Google Chris Gaither conta os detalhes à Wired, ainda resistindo às acusações de permitir acesso direto aos servidores. Mas é um pouco mais fácil engolir isso ouvindo uma explicação de como as coisas realmente funcionam.

Parece que o Google criou uma caixa de entrega em um servidor – tecnicamente da empresa – mas feito para a NSA acessar, onde ficam os arquivos requisitados e aprovados, para então serem repassados para a NSA via FTP seguro. Ou, por vezes, os relatórios impressos são entregues manualmente.

Gaither diz que, anualmente, o Google recebe ordens para fornecer os dados de uma pequena fração dos usuários, e que mesmo assim nem todos são atendidos. E os pedidos não são apenas de cidadãos americanos – incluem pessoas do mundo inteiro.

Não se sabe quantos dados foram entregues, mas o Google pediu permissão para falar sobre isso. “Se pudéssemos divulgar estes números abertamente – como estamos pedindo – eles mostrariam que a nossa conformidade com os pedidos da NSA está muito aquém do que muitos acreditam”, explicou.

Se o Google é o dono dos servidores com as pastas de entrega, então este sistema está de acordo com o que sabemos dos slides do PRISM, embora não seja exatamente o que o termo “acesso direto” sugere. Neste ponto, Gaither foi bem direto ao negar: “O governo dos Estados Unidos não consegue puxar os dados diretamente dos nossos servidores ou da nossa rede.” Esperamos descobrir, em breve, um pouco mais sobre como isso funciona. [Wired]

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