“Como sou pobre, só compro nos Estados Unidos”

A frase é do empresário gaúcho Henri Chazan, presidente do Instituto da Liberdade, ouvido pela excelente reportagem sobre impostos da revista Época que chegou às bancas ontem. É uma frase de efeito, mas é verdade: quem tem muito dinheiro dá conta de ir a uma Fnac e pagar R$ 9.000 em um MacBook Pro sem remorsos, ao passo que os normais economizam o que podem e gastam tudo em raras viagens aos EUA. Atualmente somos os turistas que mais gastam nos Estados Unidos. Dinheiro sobrando? Chazan explica: "Não é consumismo. É que lá é mais barato e o produto é melhor." 

A frase é do empresário gaúcho Henri Chazan, presidente do Instituto da Liberdade, ouvido pela excelente reportagem sobre impostos da revista Época que chegou às bancas ontem. É uma frase de efeito, mas é verdade: quem tem muito dinheiro dá conta de ir a uma Fnac e pagar R$ 9.000 em um MacBook Pro sem remorsos, ao passo que os normais economizam o que podem e gastam tudo em raras viagens aos EUA. Atualmente somos os turistas que mais gastam nos Estados Unidos, superando japoneses e franceses. Dinheiro sobrando? Chazan explica: "Não é consumismo. É que lá é mais barato e o produto é melhor." 

Todo mundo sabe que pagamos mais, muito mais, no Brasil. Mas a reportagem da Época embasa a crença, recheada de números interessantes, da diferença de preços de um iPod e notebook do Brasil em relação a outros 12 países (em valores absolutos) ao peso que alguns produtos têm em relação à renda média familiar. O Corolla da foto acima, por exemplo, custa o equivalente à renda de 62,5 meses de uma família brasileira, enquanto nos EUA (renda média de R$ 7.535), vale 4,5 meses. A conclusão do repórter especial José Fucs:

Se os impostos fossem menores e a diferença (ou boa parte dela) fosse repassada para o consumidor, mais gente poderia comprar as mesmas coisas. Também sobraria mais dinheiro para que pessoas comprassem outras coisas – ou poupassem. Em ambos os casos, elas estimulariam o desenvolvimento do país, ajudariam a gerar mais empregos e no final das contas até elevariam a arrecadação do governo com os impostos, pelo aumento da atividade econômica."

O exemplo de que isso é verdade foi a compra recorde de carros (maior que nos EUA no ano) e de produtos da linha branca, por causa de alguns impostos temporariamente reduzidos, que manteve a arrecadação. A reportagem da Época (que pode ser lida no site para assinantes) parece ser o ponto de partida de uma grande campanha para a redução de impostos, que terá, entre outras atividades, o "Dia da Liberdade de Impostos" na terça-feira, 25, que será ilustrada com a venda de combustível em alguns postos do Brasil com o preço sem impostos (no Rio, a gasolina sai por R$ 1,18). Somos totalmente a favor e divulgaremos outras ações do tipo aqui. Por enquanto, ache uma Época pra ler a reportagem completa.

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