Cientistas ensinaram um computador a detectar alcoolismo na adolescência

Cientistas encontraram uma maneira de “ensinar” computadores a prever se uma pessoa tem tendência a se tornar alcoólatra, e isso pode ajudar muito no tratamento dessa doença, já que quanto mais cedo o problema é identificado, melhor. Em um estudo publicado na Nature, o neurocientista Robert Whelan, um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que sua […]

Cientistas encontraram uma maneira de “ensinar” computadores a prever se uma pessoa tem tendência a se tornar alcoólatra, e isso pode ajudar muito no tratamento dessa doença, já que quanto mais cedo o problema é identificado, melhor.

Em um estudo publicado na Nature, o neurocientista Robert Whelan, um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que sua equipe conseguiu fazer com que computadores identifiquem em adolescentes traços que podem levar ao alcoolismo com 70% de precisão.

O computador analisou uma série de dados sobre adolescentes de 14 anos – incluindo funcionamento do cérebro, personalidade, história de vida e genética – que participaram do projeto IMAGEN, e depois comparou com o comportamento dessas pessoas em relação ao consumo de álcool aos 16 anos. Assim, o computador identificou variáveis que podem ter de alguma forma influenciado no abuso do consumo de bebidas alcoólicas em fases mais avançadas da vida.

Com essas variáveis detectadas, os pesquisadores aplicaram as informações a um novo grupo de adolescentes de 14 anos, e depois checaram o que aconteceu quando eles fizeram 16 anos. “Aprendemos que prever consumo excessivo de álcool na adolescência é possível”, disse Whelan, mesmo que os resultados não tenham 100% de precisão.

A importância em identificar a tendência ao alcoolismo na adolescência é alta – muitos alcoólatras começaram a beber excessivamente quando bem jovens, e ajudar pessoas nesse momento da vida pode diminuir os riscos de dependência do álcool no futuro. Mas é difícil imaginar esse estudo sendo aplicado em grande escala – afinal, a necessidade de imagens do cérebro faz com que o custo dele seja de ao menos US$ 1.000 por pessoa. [Nature via The Verge]

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