Dennis Woodside, CEO da Motorola, fala sobre Brasil, Google e futuro dos smartphones

O lançamento do Moto G foi realizado em São Paulo, em uma apresentação feita pelo CEO global Dennis Woodside e transmitida para o mundo inteiro. Além de Woodside, dois outros executivos importantes da empresa participaram do lançamento: Punit Sony, gerente de software de produto, e Charlie Tritschler, gerente de hardware de produto. A presença dos […]

O lançamento do Moto G foi realizado em São Paulo, em uma apresentação feita pelo CEO global Dennis Woodside e transmitida para o mundo inteiro. Além de Woodside, dois outros executivos importantes da empresa participaram do lançamento: Punit Sony, gerente de software de produto, e Charlie Tritschler, gerente de hardware de produto.

A presença dos três executivos e o lançamento do Moto G inicialmente no Brasil (e em alguns países da Europa) mostram que a Motorola está bastante interessada no mercado brasileiro. Mas qual o motivo?

O Gizmodo Brasil conversou rapidamente com Woodside para entender qual é a importância do Brasil para a Motorola, e o que fez a empresa escolher o país para apresentar o Moto G ao mundo. Ele falou que esta não é a sua primeira vez por aqui: quando ainda trabalhava para o Google (ele entrou no Google em 2003 e virou CEO da Motorola em maio de 2012), Woodside visitava com frequência o Brasil e inclusive ajudou a montar o escritório do Google por aqui.

Mas é claro que o executivo conhecer nosso país não é o único fator que contribuiu para tais escolhas. A própria Motorola tem uma história por aqui: a empresa está no Brasil há 40 anos e hoje o mercado brasileiro é o segundo mais importante para eles, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Woodside também falou um pouco sobre o que espera para o futuro próximo da Motorola:

“Estamos pensando em muitas coisas diferentes. Temos as telas mudando, não só em forma, mas também temos telas de plástico que se dobram nas bordas do smartphone. Temos oportunidades em dispositivos vestíveis. Acho que tudo em relação à conectividade hoje está em smartphones. Não sei se será assim em cinco anos.”

E como será o mundo daqui a cinco anos?

“Em lugares como o Brasil, a maioria das pessoas terão smartphones em cinco anos. As pessoas estarão conectadas a diferentes serviços, terão tablets em casa, e podem ter dispositivos vestíveis. É importante que esses aparelhos conversem e se conectem entre si. O Android cria uma grande oportunidade para isso.”

Mesmo pensando no futuro, Woodside precisa pensar no presente: a Motorola registra prejuízo a cada trimestre, e a sua receita caiu em relação ao ano passado. Mas isso não impede a empresa de oferecer o aparelho com um preço agressivo. É que tudo fica mais fácil quando o Google está por trás, não é mesmo? Woodside garante que as decisões da Motorola são independentes do Google, mas há sim uma participação importantíssima do Google no desenvolvimento da linha Moto. “O Google oferece financiamento para nossos negócios e nos dá uma oportunidade de pensar em longo prazo.”

Para ele, o Moto X e o G são apenas o começo. Sobre relatos de que o Moto X vendeu 500 mil unidades desde seu lançamento, Woodside não confirma o número, mas vê um lado bom na situação atual do smartphone no mercado. “Lançamos o Moto X há 80 dias, então começamos agora a investir a linha Moto. Vai demorar um tempo até todo mundo saber sobre ela”. Portanto, a estratégia da Motorola é ir com calma para fortalecer a marca Moto. Para muitas empresas, isso é difícil, já que requer um longo prazo. Mas isso fica muito mais fácil se você tem o Google, uma empresa que tem faturado bilhões a cada trimestre, bancando suas escolhas.

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