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Embarcação centenária encontrada sob as areias de Santos pode esconder “tesouro”

Você provavelmente adorava encontrar coisas sob a areia da praia quando era criança. Imagine então nessas andanças pelo litoral descobrir um navio? Isso aconteceu no fim de agosto, em Santos, litoral de São Paulo, quando funcionários da limpeza urbana se depararam com destroços de uma embarcação emergindo graças à erosão na faixa de areia na […]

Você provavelmente adorava encontrar coisas sob a areia da praia quando era criança. Imagine então nessas andanças pelo litoral descobrir um navio? Isso aconteceu no fim de agosto, em Santos, litoral de São Paulo, quando funcionários da limpeza urbana se depararam com destroços de uma embarcação emergindo graças à erosão na faixa de areia na Praia do Embaré. Agora, uma equipe que conduz uma sondagem no local afirma que a embarcação, de mais de 100 anos, contém um “tesouro” escondido dentro dela.

Uma sondagem feita em 21 de setembro revelou a presença de um objeto não identificado de metal, do tamanho de um carro popular, dentro do navio. Não é possível saber do que se trata, mas uma equipe de seis profissionais, liderados por Manoel Gonzalez, já aguarda a liberação da Marinha do Brasil para começar os trabalhos de escavação prévia em trechos da área. É só a entidade marítima que pode autorizar a escavação do sítio arqueológico, monitorado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Ministério Público.

O objeto dentro da embarcação tem seis metros de comprimento por dois de largura e, a partir dessa informação e das outras acima, os arqueólogos já especulam o que pode ser. “Pensamos em uma caldeira ou até em um canhão, mas descartamos. Ele está localizado na parte da frente, próximo ao centro e do lado esquerdo, e pode nos ajudar a revelar esse navio”, contou Gonzalez, em entrevista ao G1.

A ideia dos arqueólogos é escavar a área por completo e retirar todo o navio de lá. O custo estimado do trabalho é de R$ 1 milhão, mas o líder da equipe destaca a importância da empreitada. “É uma operação que deve ser feita para preservá-lo, além de garantir a segurança dos banhistas. Depois, ele pode ser exposto”, explica.

Os materiais encontrados, madeira e metal, levaram à interpretação de se tratar de uma embarcação centenária. “Ferro e madeira não foram mais usados depois desse período, por isso, deve ter mais de 100 anos. Certamente é uma embarcação muito antiga, que ainda requer investigação minuciosa”, contou Fabio Mello Pontes, prático mais antigo em atividade no Brasil, ao G1.

Enquanto nada é confirmado, os palpites já começaram. A equipe, que é composta também por historiadores e arquitetos portugueses, tem como objetivo fazer um recorte histórico da embarcação. E por enquanto, a hipótese levantada que segue de pé é a de que seja o veleiro inglês Kestrel, que encalhou em Santos em 11 de fevereiro de 1895.

Seja lá o que for encontrado lá dentro, o aparecimento dos destroços e a condução da escavação arqueológica já são história suficiente para os moradores dos arredores da Praia do Embaré. Afinal, não é todo dia que um navio centenário com um suposto tesouro começa a surgir da areia.

[G1]

Imagem do topo: Divulgação/PMS

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