Estados Unidos buscarão novamente a prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange

Autoridades "acreditam ter encontrado uma maneira de seguir em frente" com a acusação contra Assange, segundo a CNN

Citando como fontes funcionários não revelados do governo norte-americano, a CNN noticia que os Estados Unidos estão preparando acusações para prender o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que passou os últimos quatro anos vivo, mas claramente entediado na embaixada do Equador em Londres.

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De acordo com a rede, as autoridades “acreditam que tenham encontrado uma maneira de seguir em frente” com a acusação contra Assange, após anos de lutas com a preocupação com a Primeira Emenda:

Durante a administração do presidente Barack Obama, o procurador-geral Eric Holder e funcionários do Departamento de Justiça determinaram que seria difícil trazer acusações contra Assange, porque o WikiLeaks não era o único a publicar documentos roubados por [Chelsea] Manning. Vários jornais, incluindo o New York Times, também o fizeram. A investigação prosseguiu, mas quaisquer acusações foram colocadas em espera, de acordo com funcionários do governo envolvidos no processo na época.

A visão dos EUA sobre o WikiLeaks e sobre Assange começou a mudar após investigadores descobrirem o que acreditam ser uma prova de que o WikiLeaks teve um papel ativo em ajudar Edward Snowden, ex-analista da NSA, a divulgar uma quantidade enorme de documentos confidenciais.

Nos últimos dias, funcionários do governo norte-americano aumentaram os esforços na retórica contra Assange e sua organização, que o presidente Trump elogiou antes da eleição do ano passado. Falando em um think tank em Washington na semana passada, o diretor da CIA, Mike Pompeo, chamou Assange de “um narcisista que criou nada de valor” e “um covarde se escondendo atrás de uma tela”, dizendo que “o WikiLeaks caminha como um serviço de inteligência hostil e fala como um serviço de inteligência hostil”.

Perguntado se a prisão de Assange era uma “prioridade”, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o procurador-geral Jeff Sessions falou de maneira geral sobre processar vazadores, dizendo aos repórteres: “Já começamos a aumentar nossos esforços e, onde um caso puder ser feito, procuraremos colocar algumas pessoas na cadeia”.

Em janeiro deste ano, Assange prometeu se extraditar por conta própria para os Estados Unidos se o então presidente Obama garantisse clemência a Chelsea Manning. Após Obama fazer exatamente isso, Assange voltou atrás em tempo recorde. Se a notícia desta vez for precisa, ele certamente ficará feliz de tê-lo feito.

[CNN]

Imagem do topo: AP

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