Este rapaz odiou o tempo em que trabalhou na Apple

Há quem sonhe com um emprego na Apple – afinal, trata-se da empresa de onde saiu o iPod, um dos grandes produtos tecnológicos dos últimos tempos. A vida nos corredores da empresa deve ser maravilhosa – você trabalha com alguns dos principais nomes do mundo da tecnologia, responsáveis pelo desenvolvimento de produtos que chegam às […]

Há quem sonhe com um emprego na Apple – afinal, trata-se da empresa de onde saiu o iPod, um dos grandes produtos tecnológicos dos últimos tempos. A vida nos corredores da empresa deve ser maravilhosa – você trabalha com alguns dos principais nomes do mundo da tecnologia, responsáveis pelo desenvolvimento de produtos que chegam às mãos de milhões de pessoas ao redor do mundo. Perfeito, certo? Este cara discorda disso. Ele odeia tanto a Apple, mas tanto, que pediu as contas.

Jordan Price é um designer de app. Quando Price passou em uma entrevista na Apple há cerca de um mês, ele esperava chegar a um dos melhores lugares do mundo, acreditava que estava perto do emprego dos sonhos. Mas, de acordo com este artigo extremamente crítico sobre a cultura da empresa, não foi nada disso que ele encontrou por lá:

Eu raramente (raramente significa nunca) via minha filha durante a semana por causa dos horários tão inflexíveis. Também tive um corte significativo no salário, mas acreditava que estava fazendo um investimento de longo prazo para a minha carreira ao trabalhar em uma empresa com tanto prestígio. Eles têm tantas senhas, contas e logins que demorei quase um mês só para acessar um servidor. Havia reuniões o tempo inteiro que prejudicavam a produtividade de todos.

E o que é ainda pior, o fantasma de Steve Jobs, que, segundo relatos, nunca foi muito simpático com seus funcionários, ainda caminha pelos corredores (e assusta gerentes), e o comportamento depreciativo dos seus tempos ainda está vivo:

Meu superior imediato, que tinha o hábito de fazer insultos pessoais disfarçados de piadas para qualquer um abaixo dele, começou a fazer insultos diretos e indiretos para mim. Ele me lembrava de que meu contrato não seria renovado se eu fizesse ou não certas coisas… Ele era democrático com esses comentários rudes, mas não me sentia melhor quando ele se dirigia para membros da minha equipe da mesma forma como se dirigia para mim. Me sentia como um adolescente trabalhando em uma loja, e não um profissional trabalhando em uma das melhores empresas de tecnologia do mundo.

Quando se cansou de ser tratado com desprezo por seu chefe, Price se demitiu:

E então na hora do almoço apaguei os dados do iPad, coloquei os arquivos que estava trabalhando no servidor, deixei todos os pertences da empresa na minha mesa, e fui até meu carro e dirigi até minha casa. Deixei uma mensagem para meu chefe e disse que ele havia sido o pior chefe que encontrei em toda a minha vida profissional e que não trabalharia para ele, não importa o quão bom fique meu currículo com o nome da Apple.

Este não é o primeiro caso destes – na verdade, na história da Apple muitas pessoas desistiram dos empregos por motivos bem parecidos. Mas um relato destes é raro. As pessoas ou estão assustadas demais ou amam demais a nave-mãe para criticá-la desta forma. E, para ser sincero, se você ler sobre a mitologia corporativa da Apple, ser horrível para seus inferiores é parte do que faz a Apple ser o que é. Talvez as coisas tenham chegado a um nível tão tirânico que vale a pena criticar este comportamento.

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