Estudante chama professora de gorda no Facebook e inicia mais um debate sobre liberdade de expressão e leis em relação à internet

Depois de receber uma quantidade anormal de dever de casa, um estudante americano resolveu falar o que quis no Facebook sobre a sua professora. E, como você sabe, quem fala o que quer… toma suspensão e inicia mais um debate sobre liberdade de expressão na web. Em um momento de raiva e frustração, o estudante […]

Depois de receber uma quantidade anormal de dever de casa, um estudante americano resolveu falar o que quis no Facebook sobre a sua professora. E, como você sabe, quem fala o que quer… toma suspensão e inicia mais um debate sobre liberdade de expressão na web.

Em um momento de raiva e frustração, o estudante californiano Donny Tobolski escreveu que a sua professora era uma “gorda que devia parar de comer fast food, e uma escrota”.

Como a mensagem foi postada do seu computador pessoal, em casa, e não da escola, e nem mesmo em horário de aula, a suspensão que o garoto recebeu foi considerada pela União Americana de Liberdade Civil uma violação do seu direito à liberdade de expressão (que é levado violentamente a sério nos Estados Unidos), e posteriormente anulada pelo diretor da escola.

O Mashable lembra que no último mês de novembro aconteceu um caso parecido, envolvendo uma mulher que fez comentários pouco lisonjeiros ao seu supervisor na empresa onde trabalhava. Ela foi demitida, mas acionou a justiça, que determinou que atualizações de status no Facebook constituem sim conteúdo protegido pela lei de liberdade de expressão, salvo em casos de ameaça direta.

A mãe do estudante falou com o jornal San Francisco Chronicle:

“(…) ele estava apenas desabafando, como todo mundo costuma fazer, sentado na grama durante o intervalo”, disse ela. “Alunos sempre vão comentar sobre seus professores”.

Ela admitiu que a postagem no Facebook foi inapropriada — “Eu não quero ele falando desse jeito a respeito de nenhuma figura de autoridade” –, mas não o bastante para um ato disciplinar que ficaria no histórico do garoto.

“Ele não representou nenhum tipo de perigo”, disse ela.

O caso do estudante Donny, assim com o da funcionária supracitada, demonstram o quanto ainda não sabemos como classificar a internet dentro das constituições que foram escritas há décadas ou séculos. Casos em que a lei fica perdida diante de coisas que acontecem na série de tubos que é a internet ocorrem com frequência, não apenas nos EUA, mas no mundo todo.

Enquanto o mundo das leis não se adapta e adquire uma compreensão maior do mundo online, talvez o melhor seja redobrar os esforços na educação dessa molecada. Chamar a professora de escrota pode não ser o bastante para uma suspensão, mas é o bastante para que eu ache o aluno em questão um escrotinho sem educação.

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