Estudo: absorvemos 60 partículas de matéria escura por hora

WIMPs, sigla em inglês para “partículas massivas de interação fraca”, são um tipo teórico de matéria suspeita de ser a tal matéria escura que pode constituir 80% do Universo. Um novo estudo da Universidade de Michigan sugere que estas partículas podem estar atacando nosso corpo uma vez por minuto. Katherine Freese, professora da universidade no […]

WIMPs, sigla em inglês para “partículas massivas de interação fraca”, são um tipo teórico de matéria suspeita de ser a tal matéria escura que pode constituir 80% do Universo. Um novo estudo da Universidade de Michigan sugere que estas partículas podem estar atacando nosso corpo uma vez por minuto.

Katherine Freese, professora da universidade no Centro de Física Teórica de Michigan, coordenou o estudo com Christopher Savage, pesquisador em pós-doutorado no Oskar Klein Centre da Universidade de Estocolmo, na Suécia.

Físicos teóricos acreditam que os WIMPs raramente interagem com matéria normal, mas geralmente interagem entre si. Bilhões dessas partículas passariam pela Terra a cada segundo. Como elas geralmente não interagem com a matéria normal, a chance de que uma delas atinja o núcleo de um átomo no seu corpo deveria ser extremamente baixa – tipo, uma vez na vida. No entanto, este novo estudo sugere que tais interações ocorrem praticamente o tempo todo.

Freese e Savage aplicaram modelos existentes que envolvem a massa e predomínio de WIMPs, e então estimaram com que frequência estas partículas interagem com os núcleos de átomos bastante presentes em humanos – hidrogênio e oxigênio. E parece que ambos são atingidos com maior frequência por WIMPs do que outros elementos químicos. Como nosso corpo é 60% água, somos quase ímas de WIMPs.

Mas o que acontece quando um WIMP atinge um núcleo de um átomo no seu fígado, por exemplo? Apesar do fato que essas partículas são teoricamente muitas vezes maiores que um núcleo, a parte de “interação fraca” nos WIMPs evita que eles causem dano. Há uma chance de que a colisão no seu fígado “poderia causar uma mutação que seria ruim para você”, diz Freese. “Mas as chances disso acontecer são realmente pequenas.” Eu fico tranquilo em saber que uma partícula nunca vista pela humanidade tem uma chance bem baixa de me dar câncer. [ArXiv via NatGeo – Imagem por Sam72Shutterstock]

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