Um Estado americano vai usar blockchain e app para smartphone nas eleições de 2018

2018 também é ano de eleições nos EUA — são os “midterms”, que renovam a Câmara dos Representantes e um terço do Senado. O Estado da Virgínia Ocidental vai testar uma solução tecnológica para facilitar a participação de seus cidadãos que estão servindo as Forças Armadas fora do país. A participação no pleito poderá ser […]

2018 também é ano de eleições nos EUA — são os “midterms”, que renovam a Câmara dos Representantes e um terço do Senado. O Estado da Virgínia Ocidental vai testar uma solução tecnológica para facilitar a participação de seus cidadãos que estão servindo as Forças Armadas fora do país. A participação no pleito poderá ser feita por um aplicativo para smartphones, que usa reconhecimento facial e blockchain para garantir a integridade dos dados.

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O software foi desenvolvido pela startup Voatz, que recebeu US$ 2,4 milhões em financiamento até agora. O app faz o registro usando documentos do eleitor e pedindo a gravação de uma “vídeo-selfie”. Depois, confirma a identidade com mais uma selfie ou impressão digital. Os votos são computados de forma anônima e registrados em blockchain.

O secretário de estado da Virgínia Ocidental, Mac Warner, diz à CNN que foram feitas quatro auditorias de vários componentes do app, que não encontraram problemas.

Porém, há quem não seja tão otimista com a ideia. Joseph Lorenzo Hall, do Centro para Democracia e Tecnologia, declara à CNN que uma “eleição móvel é uma ideia horrível”. “É uma votação pela internet usando os aparelhos das pessoas com segurança péssima, por nossas redes ruins, usando servidores cuja segurança é difícil de garantir, sem um papel físico para registrar o voto.”

A opinião é compartilhada por Marian K. Schneider, do grupo Verified Voting. Ela diz que a “área de ataque é muito maior” em uma eleição por smartphones. Isso quer dizer que há muito mais oportunidades para ofensivas de hackers ou outras formas de intromissão.

Já a pesquisadora Sarah Jamie Lewis, da Open Privacy, critica o projeto por usar um blockchain de usuário único, que funciona como um banco de dados comum, e por não abrir o código-fonte do aplicativo.

Mesmo assim, a tecnologia será testada com os eleitores do Estado que fazem parte das tropas americanas no exterior. Resta aos americanos vigiar e torcer para que nenhum hacker russo consiga intervir nesse processo.

[CNN, Engadget]

Imagem do topo: Jomar/Unsplash

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