Facebook diz que vai auditar empresa de redes sociais que explorou brecha para ajudar Trump

A Cambridge Analytica, uma empresa de análise de dados que trabalhou na campanha presidencial de Donald Trump, concordou passar por uma auditoria forense para determinar se a companhia havia retido impropriamente dados coletados de perfis no Facebook. • Como empresa de redes sociais explorou brecha do Facebook para ajudar na eleição de Trump • Facebook se […]

A Cambridge Analytica, uma empresa de análise de dados que trabalhou na campanha presidencial de Donald Trump, concordou passar por uma auditoria forense para determinar se a companhia havia retido impropriamente dados coletados de perfis no Facebook.

• Como empresa de redes sociais explorou brecha do Facebook para ajudar na eleição de Trump
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O Facebook anunciou a auditoria em um comunicado, chamando-a de uma “revisão interna e externa ampla”, para determinar se a Cambridge Analytica de fato deletou os dados como alega. O Facebook escolheu a Stroz Friedburg, uma empresa forense digital que ajudou o Comitê Nacional Democrático a investigar uma invasão a seus servidores durante o ciclo eleitoral, para conduzir a investigação sobre a Cambridge Analytica.

“A Cambridge Analytica concordou em cumprir e bancar o acesso completo da empresa a seus servidores e sistemas”, disse o Facebook. A empresa também abordou Christopher Wylie e Aleksandr Kogan, que estiveram envolvidos na coleta de dados para a Cambridge Analytica, e lhes pediu que participassem da auditoria.

Kogan criou um app chamado “thisisyourdigitallife”, que foi baixado mais de 270 mil vezes. O app coletou dados dos perfis de Facebook de pessoas que o baixaram e dos perfis de seus amigos, juntando informações de mais de 50 milhões de usuários. Esses dados foram então passados para a Cambridge Analytica para ajudar a desenvolver perfis de eleitores, segundo reportagens do New York Times e do Guardian. O Facebook descobriu sobre a obtenção de dados em 2015 e exigiu que os dados fossem deletados.

Kogan se ofereceu para testemunhar diante do Congresso sobre seu papel na coleta de dados, algo de que Democratas da Câmara dos Representantes e do Senado vão atrás, como revelaram ao Gizmodo.

Wylie, um ex-cientista de dados na Cambridge Analytica, alegou que o Facebook nunca foi atrás dele para confirmar se os dados haviam sido, de fato, deletados. Na sexta-feira (16), antes da publicação das reportagens sobre o uso de dados de perfil pela Cambridge Analytica, o Facebook anunciou que havia suspendido a conta da empresa, assim como a de sua empresa-mãe, a SCL. Não está claro por que o Facebook esperou até que os detalhes sobre a obtenção de dados da Cambridge Analytica viessem a público antes de exigir uma auditoria.

“Entramos em contato com as outras partes envolvidas — Christopher Wylie e Aleksandr Kogan — e lhes pedimos que enviassem uma auditoria também. O sr. Kogan concordou verbalmente em fazê-lo. O sr. Wylie, até agora, recusou”, disse o Facebook.

Um porta-voz da Cambridge Analytica disse à CNN que os dados coletados do Facebook não foram usados durante a campanha presidencial de Trump.

“Também queremos deixar claro que hoje, quando desenvolvedores criam apps que pedem certas informações das pessoas, conduzimos uma revisão robusta para identificar potenciais violações de regras e para avaliar se o app tem um uso legítimo para os dados”, prosseguiu o comunicado do Facebook. “Nós, aliás, rejeitamos um número significativo de apps por meio desse processo. O app de Kogan não teria acesso permitido aos dados de amigos hoje.”

Imagem do topo: Getty

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