Facebook cria divisão de blockchain em meio a reestruturação

Pelo menos até a próxima divulgação de resultados financeiros, daqui a meses, não sabemos exatamente que tipo de consequências o Facebook terá que enfrentar por causa do escândalo da Cambridge Analytica. Mas a empresa já está tirando uma lição de casos de empresas de câmeras e de chá gelado, cujas ações dispararam ao se envolverem […]

Pelo menos até a próxima divulgação de resultados financeiros, daqui a meses, não sabemos exatamente que tipo de consequências o Facebook terá que enfrentar por causa do escândalo da Cambridge Analytica. Mas a empresa já está tirando uma lição de casos de empresas de câmeras e de chá gelado, cujas ações dispararam ao se envolverem com blockchain, com informações de uma nova divisão de blockchain na companhia surgindo nesta semana. Estão felizes agora, investidores?

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Recode noticiou pela primeira vez a formação de uma nova divisão de blockchain nesta terça-feira (8). David Marcus rapidamente confirmou que não estará mais no comando do Messenger e que, em vez disso, liderará os esforços no novo departamento. Marcus tweetou a notícia e publicou o link para uma nota em sua página no Facebook, com os costumeiros agradecimentos aos colegas por “uma jornada marcante”. Ele também disse que estava na hora de “assumir um novo desafio”, que vai envolver “montar um pequeno grupo para explorar como tirar melhor vantagem da Blockchain no Facebook, começando do zero”. “Em frente!”, ele acrescentou.

Isso é basicamente tudo o que sabemos sobre essa nova empreitada do Facebook. O Recode aponta que, como ex-presidente do PayPal, Marcus tem muita experiência com pagamentos. Ele também é membro do conselho da Coinbase, gigante do mercado de criptomoedas.

Pessoalmente, eu não espero que o Facebook lance sua própria criptomoeda em um futuro próximo. Isso provavelmente é só uma missão de exploração projetada para descobrir como a blockchain poderia se encaixar na rede social e para garantir que, se a tecnologia for realmente o futuro, o Facebook não fique para trás. No começo deste ano, Zuckerberg mencionou, sim, que pretendia mergulhar mais a fundo na blockchain em 2018. Ele escreveu:

Com o crescimento de um pequeno número de grandes empresas de tecnologia — e com governos usando tecnologia para observar seus cidadãos —, muitas pessoas agora acreditam que a tecnologia apenas centraliza o poder, em vez de descentralizá-lo.

Existem importantes tendências contrárias a isso — como a criptografia e as criptomoedas —, que tiram o poder de sistemas centralizados e o devolvem às mãos das pessoas. Mas elas vêm com o risco de ser mais difíceis de se controlar. Estou interessado em ir mais a fundo e estudar os aspectos positivos e negativos dessas tecnologias e como melhor usá-las em nossos serviços.

As manchetes declaram o Facebook que a rede é “à prova de balas” depois da recente divulgação de resultados financeiros, no fim de abril, mas maior parte de sua história recente atormentada por escândalos não foi incluída nesses números. A empresa certamente vai lançar novas iniciativas (como seu plano de um serviço de paquera) o mais rápido possível, para manter alto o interesse do investidor enquanto tenta reaver o preço alto que suas ações haviam alcançado em março.

O novo posto de Marcus vem em meio à maior reestruturação de liderança corporativa da história do Facebook. Executivos estão sendo trocados, e divisões de produtos, reagrupadas. Conforme novas sinergias são encontradas e ideias vão surgindo, tudo o que podemos fazer é cruzar os dedos para que um dia possamos pagar por produtos na loja do Facebook com ZuckerCoins.

[Recode]

Imagem do topo: Getty Images

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