_Facebook

Primeiras impressões: o belo e sufocante Facebook Home

O Facebook Home, novo launcher do Facebook para smartphones Android, será lançado só na sexta-feira (12), mas uma versão preliminar (e bugada) vazou. Nós brincamos com ela para ver qual é a ideia da rede social. Veja qual é a da nova investida do Facebook em dispositivos móveis. Ele é bem bonito, viu? A tela […]

Este é o Facebook Home.

O Facebook Home, novo launcher do Facebook para smartphones Android, será lançado só na sexta-feira (12), mas uma versão preliminar (e bugada) vazou. Nós brincamos com ela para ver qual é a ideia da rede social. Veja qual é a da nova investida do Facebook em dispositivos móveis.

Ele é bem bonito, viu? A tela de bloqueio, ou Cover Feed no jargão do Facebook, com imagens grandes de fundo sobrepostas por textos, atualizações, curtidas e comentários, é um deleite. A seleção do que entra ali segue a lógica do seu feed de notícias, com a opção de excluir atualizações de páginas. Isso significa que se você já cancelou a assinatura daquela tia que compartilha fotos motivacionais, do justiceiro das petições online e do maluco das fotos escatológicas, eles não aparecerão no seu celular.

Os comandos são intuitivos e a utilização de gestos é constante. Na tela de bloqueio, dois toques curtem uma foto/atualização, segurar o dedo na tela exibe a imagem de fundo inteira e os gestos laterais passeiam pelo conteúdo. No rodapé aparece o seu avatar redondo que, ao ser pressionado, revela três atalhos: câmera, app drawer e um terceiro que traz o último app usado. O da câmera não está funcionando.

A tela de bloqueio é capaz, ainda, de exibir notificações do próprio Facebook. As gerais, de outros apps, segundo o próprio site só estão disponíveis em aparelhos que saiam de fábrica com o Home pré-instalado, caso do HTC First — e isso pode desanimar muita gente viciada nos pop-ups que surgem com a tela desligada. Há ainda mais gestos: arrastar com o dedo de cima para baixo, esconde as notificações. Arrastá-las, uma a uma, lateralmente, as exclui.

O app drawer divide-se em duas partes e lembra vagamente o iOS. As telas do Android padrão são convertidas em páginas onde, presume-se, o usuário deva colocar os apps favoritos. Nessa área também aparece, no topo, botões para atualizar o Facebook (status, foto e check-in). Eles não estão funcionando no momento. Na extrema esquerda fica a listagem completa dos apps instalados, em uma lista com rolagem vertical. Nada exatamente novo. Para voltar à tela de bloqueio, arraste o dedo de cima para baixo na tela.

O Home mexe com o Android em alguns pontos importantes, mas mantém várias características importantes da plataforma. A barra de notificações fica oculta por padrão, mas se revela com um arrastar de dedo do topo para baixo. O Google Now continua presente e acessível da mesma forma (segurando o dedo  no botão virtual central) e as configurações e outras áreas internas são acessíveis pelo app drawer. Para quem ficou curioso: claro, dá para fazer ligações. O Telefone é um app, afinal, e basta acessá-lo para discar e tudo mais. No final da lista de apps existe um botão “More…” que dá acesso ao launcher padrão do smartphone.

Um dos recursos mais controversos do Facebook Home, o Chat Heads, as cabeças flutuantes que indicam novas conversas no Facebook Messenger ou o recebimento de SMS, não está funcionando nessa build vazada. Mensagens aparecem na barra de notificações, como antigamente.

Não dá para bater o martelo e dizer se o Facebook Home é bom ou ruim baseado nessa curta e incompleta experiência. É diferente, sem dúvida: dar de cara com atualizações dos seus contatos em uma experiência tão focada em um único app é um choque para quem vem do Android tradicional. E isso pode ser demais para muita gente: com o Home, tudo passa a girar em torno do Facebook. É difícil manusear o celular sem ser lembrado constantemente de que você está no Facebook, de que o seu celular tornou-se uma central do Facebook. Facebook, Facebook, Facebook. Para quem vive na rede social, deve ser um facilitador. Para quem usa o smartphone para qualquer coisa além disso, é meio sufocante. Quase desconfortável.

Por ser um app vazado, é preciso habilitar a instalação de apps de “fontes desconhecidas” no Android. Outra exigência é remover os apps da rede social (principal e Messenger) que eventualmente estejam instalados. O Home compreende três APKs distintos que devem ser todos instalados — aqui tem os links para download. Atenção: é uma versão preliminar e recheada de bugs e inconstâncias; instale por sua conta e risco. [MoDaCo via The Verge]

Sair da versão mobile