Facebook seria pago se não tivesse anúncios, afirma diretora da rede

O modelo de negócios do Facebook é, sem dúvidas, um dos grandes responsáveis pelo escândalo envolvendo a utilização inapropriada de dados pela Cambridge Analytica. Tanto que, para a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, se os usuários quiserem uma função de não utilização completa dos dados pessoais, será preciso pagar para usar a rede […]

O modelo de negócios do Facebook é, sem dúvidas, um dos grandes responsáveis pelo escândalo envolvendo a utilização inapropriada de dados pela Cambridge Analytica. Tanto que, para a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, se os usuários quiserem uma função de não utilização completa dos dados pessoais, será preciso pagar para usar a rede social.

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A executiva concedeu uma entrevista para a NBC News e comentou que a companhia ainda não sabe exatamente qual a extensão da utilização dos dados por parte da Cambridge Analytica. Segundo ela, estão sendo realizadas auditorias, mas alertou que podem encontrar mais vazamentos. Recentemente, o próprio Facebook anunciou que os usuários afetados pela coleta não autorizada era maior do que se imaginava: 87 milhões, em vez de 50 milhões divulgados inicialmente.

Sandberg disse que o Facebook não vende ou oferece de graça as informações dos usuários para anunciantes, muito embora “nosso serviço dependa de dados”. Ela comentou que a empresa tem um modelo de negócios baseado em “anúncios direcionados”, que são mostrados para cada usuário – apesar disso, informações individuais não são passadas para os anunciantes.

Justamente por isso, não existe uma opção para impedir completamente a coleta de dados dos perfis na rede social e o compartilhamento das informações porque, caso contrário “a rede social seria um produto pago”.

Depois da entrevista à NBC News, o Facebook enviou um comunicado esclarecendo que não existe uma opção paga da rede social e que a diretora estava falando apenas em “termos hipotéticos”.

Recentemente, o Facebook atualizou seus termos de serviço e política de dados, mas ainda é preciso clicar por diversas páginas das políticas de dados para chegar a um nível de transparência mínimo. A companhia divulgou também que o número de usuários brasileiros com dados vazados pode ter sido de até 443.117 (0,5% do total de 87 milhões). Entre os dez países com mais usuários atingidos estão ainda Filipinas, Indonésia, Reino Unido, México, Canadá, Índia, Vietnã e Austrália.

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