FBI prende CEO de empresa suspeita de vender celulares super-seguros para gangues e cartéis

O FBI prendeu o dono da Phantom Secure, uma das várias empresas de celular que, segundo alega a agência, vendia BlackBerrys e dispositivos Android customizados para serem usados em organizações criminosas internacionais. • Por que você deve criptografar seus dispositivos e como fazer isso facilmente • A criptografia atual está em risco com os avanços […]

O FBI prendeu o dono da Phantom Secure, uma das várias empresas de celular que, segundo alega a agência, vendia BlackBerrys e dispositivos Android customizados para serem usados em organizações criminosas internacionais.

Por que você deve criptografar seus dispositivos e como fazer isso facilmente
A criptografia atual está em risco com os avanços da computação quântica

De acordo com o Motherboard, registros e entrevistas de tribunal com fontes anônimas indicam que o FBI, junto com as polícias canadense e australiana, miraram a Phantom Secure por vender deliberadamente a cartéis de droga celulares projetados para atividade criminal. Segundo a reportagem, o FBI diz que a empresa e seu CEO, Vincent Ramos, sabiam muito bem que seus dispositivos estavam sendo usados em crimes violentos:

Uma queixa feita no Distrito Sul da Califórnia na quinta-feira (8) acusa Vincent Ramos, fundador e CEO da canadense Phantom, de conspiração de extorsão para conduzir assuntos corporativos, assim como conspiração para distribuir narcóticos, além de ajudar e encorajar. As autoridades detiveram Ramos na quinta-feira, segundo o dossiê do tribunal. Crucialmente, a queixa alega que Ramos e a Phantom não foram simplesmente acessórios a um crime, como a Apple pode ser quando um criminoso usa um iPhone, mas que a empresa foi especificamente criada para facilitar atividade criminal.

Os telefones em questão tinham câmeras, microfones e funções de conectividade padrão desativadas e uma versão do Pretty Good Privacy que encaminhava mensagens ao exterior, com o FBI alegando que a empresa permitia aos clientes limpar dados remotamente.

Para pessoas supostamente no negócio de ajudar gangues como o Cartel de Sinaloa (no México) e os Hells Angels a operar fora do radar das autoridades, a equipe da Phantom foi incrivelmente indiscreta aqui. O Motherboard noticiou que alguns dos clientes da empresa usaram endereços de email como “Leadslinger”, “trigger-happy”, “knee_capper9” e, pô, “the.cartel”. Um policial canadense disfarçado também relatou que, quando perguntado se os telefones eram bons para “enviar MDMA para Montreal”, funcionários da Phantom responderam que isso seria “completamente possível”.

“Nós o fizemos — o fizemos especificamente para isso (tráfico de drogas) também”, Ramos supostamente disse para o policial disfarçado.

O FBI (assim como outros órgãos de aplicação da lei nos EUA, como o Departamento de Justiça) tem travado uma guerra contra tecnologia criptográfica há algum tempo, alegando que os criminosos equipados com dispositivos móveis inexpugnáveis estão interferindo na capacidade da polícia de conduzir investigações. A agência também tentou forçar empresas como a Apple a construir backdoors de vigilância em seus dispositivos, o que potencialmente poderia enfraquecer os recursos de segurança disponíveis para usuários normais sem intuito de infringir a lei.

A polícia holandesa, em particular, já perseguiu empresas que supostamente forneciam serviços de criptografia para ajudar na prática de crimes, apontou o Motherboard, indo para cima da Ennetcom em 2016 e da PGP Sure no ano passado. Os policiais holandeses alegam ser capazes de passar por criptografia em dispositivos BlackBerry com PGP ativado.

[Motherboard via Engadget]

Imagem do topo: AP

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