Festival de games indies cresce e quer atrair tanto jogadores quanto desenvolvedores

por Bruno Izidro Começa neste sábado (27), em São Paulo, e nos próximos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, o Brazil’s Independent Games Festival, mais conhecido como BIG. Essa será a terceira edição do evento e além de estar maior esse ano, o festival quer ser um lugar atrativo tanto para […]

por Bruno Izidro

Começa neste sábado (27), em São Paulo, e nos próximos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, o Brazil’s Independent Games Festival, mais conhecido como BIG. Essa será a terceira edição do evento e além de estar maior esse ano, o festival quer ser um lugar atrativo tanto para quem cria quanto quem só joga games.

Prova disso são as diversas atrações que vão acontecer por lá, a começar nesse fim de semana de abertura, que terá presença do famoso youtuber Zangado (no sábado) e apresentação de Cosplayers (domingo). Já no festival em si, acontecerão diversas palestras voltadas para desenvolvimento de jogos, um fórum de negócios, uma exposição onde o público pode experimentar games brasileiros de graça e uma premiação para eleger os melhores indies, tanto nacionais quanto estrangeiros. Ufa.

Com tudo isso, fica claro que o BIG pretende se colocar, definitivamente, no mapa dos grandes eventos de games do país. Mas apesar desse apelo mais popular, a organização não pretende tornar ele uma “E3 brasileira”, um papel que fica para a Brasil Game Show. “O que temos é uma mistura de IGF (independent’s Game Festival), com nosso Festival, Game Connection e as rodadas de negócios, e GDC (Game Developers Conference), com as palestras e painéis, porém, com foco em indies e não nos títulos AAA”, fala a produtora executiva do BIG Festival, Eliana Russi, ao Gizmodo.

Uma coisa é certa: o BIG Festival cresceu e quem já compareceu no ano passado, vai encontrar novidades. Uma das principais e que deve atrair os jogadores é a BIG Booth, a área dedicada para deixar “mais jogos brasileiros em evidência”, segundo Russi.

Exposição 01

Serão 20 jogos indies que poderão ser jogados de graça nesse espaço. E não são jogos meia boca não. Chroma Squad, Gryphon Knight Epic, Ninjin, o jogo VR Pixel Ripped e o party game Get Over Here estão entre eles. A lista completa dos jogos você vê aqui.

SPIN e conversa com criadores de Diablo e This War of Mine

Já o lado do festival voltado para os desenvolvedores acontece durante os dias 1º e 7 de julho, com o Big Bunisses Forum, uma rodada de negócios entre empresas, e da realização – dentro do BIG – do SPIN, o encontro mensal de devs indies de SP e que terá um bate-papo com a Duaik Games, criadora do Aritana e a Pena da Harpia, que deve chegar em breve ao Xbox One.

Para completar, esse ano haverá também o BIG Change, no dia 4 de julho, uma parceria do evento com o organização Games for Changes, para debater a importância e impacto sociais e educativos dos games. O BIG Change, inclusive, terá a presença do ex-senador e atual secretário de direitos humanos da prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy.

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Calma que tem mais: algo interessante tanto para quem cria quanto quem joga são algumas palestras com desenvolvedores estrangeiros no BIG. Um dos principais é a conversa com o game designer David Brevik, que trabalhou nos dois primeiros Diablo e criador do recente sucesso para mobile Marvel Heroes (dia 2, em SP). Além dele, vale citar também os painéis com Karol Zajaczkowski, do estúdio criador de This War of Mine (dia 7, no Rio) e do artista Luke Whittaker, que falará sobre o making of do incrivelmente bonito Lumino City (dia 7, no Rio).

A programação completa com todas as palestras e eventos do BIG Festival pode ser vista aqui.

Premiação

Com tantos eventos no BIG Festival, fica até fácil esquecer que ele também possui uma premiação, que expõe os melhores games indies do ano. O detalhe é que as escolhas englobam tanto jogos feitos aqui quanto lá fora. Isso leva a um questionamento: mesmo com o cenário indie ficando cada vez mais forte no país, não seria injusto aceitar também jogos estrangeiros?

Para a organização, a justificativa vem do fato do BIG já ser um evento globalizado. “O BIG é um benchmark para nossos desenvolvedores, a vitrine do que melhor se produz no mundo”, responde Eliana Russi. “O Game é um produto/serviço global, não é possível pensar como Brasil – tem que se pensar no mundo”.

Por isso, na edição desse ano, somente um jogo brasileiro está concorrendo a melhor jogo, que dará R$ 15 mil ao vencedor:

Treeker: Os Óculos Perdidos (Brasil)

Mekazoo (USA)

Lumino City (UK)

This War of Mine (Pol)

Event[0] (Fr)

O BIG não vai deixa de celebrar os jogos BR, claro, e a categoria “Revelação Brasil” dará o prêmio de R$ 15 mil (oferecido pela Cartoon Network) a um dos seguintes candidatos

Momodora III

Treeker: Os Óculos Perdidos

Odallus

Magenta Arcade

Toren

Ainda há outras categorias na premiação, inclusive uma de escolha do público, em que todos os jogos expostos no BIG participam. Todos os finalistas da premiação principal podem ser vistos aqui.

No BIG também ocorre outra premiação importante: o Big Starter (ex-Demonight), que escolhe as demos ou protótipos de jogos brasileiros mais promissores. O Big Starter tem duas categorias: jogo de entretenimento e jogo educativo. Cada vencedor recebe o prêmio de R$ 20 mil

Jogos de Entretenimento

Alkimya (Bad Minions)

Dog Duty (Zanardi&Liza)

Massive Madness (Ninja Garage)

My Night Job (Webcore)

Relic Hunters Zero (Rogue Snail)

 

Jogos Educativos

Dengue Over (Ilusis Interactive Graphics)

Fófuuu (Bruno Tachinardi, Trícia Araújo, Rejane Lima)

Peronio Hologram VR and AR Popup Book (Ovni Studios)

BIG-Logo

Atrações para o grande público, exposição com jogos, palestras, fórum de negócios e conversas com desenvolvedores de fora. Com certeza será uma semana cheia de atividades para quem quer saber o que se passa no cenário indie no Brasil e, o melhor, de graça. Não é à toa também que a organização espera um número maior de visitantes para esse ano. No BIG de 2014 foram 8 mil pessoas, agora são esperadas 12 mil.

Serviço:

3º BIG Festival (Brazil’s Independent Games Festival)

Onde: Centro Cultural São Paulo (SP) | Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)

Quando: 27 a 5 de julho (exceto dia 29) – SP | 6 e 7 de julho – Rio

Horário: De terça a sexta: 10h às 20h | Sábado e domingo: 10h às 18h

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