FIFA votará sistema “dedo-duro” de gols nesta quinta; conheça as opções

Acabou, é penta a FIFA cedeu. O conservadorismo da entidade máxima do futebol não resistiu à pressão (e a uma falha de arbitragem grotesca na Copa de 2010) e, amanhã, votará o sistema GLT, acrônimo de “tecnologia de linha de gol,” que será adotado pelo futebol. A dúvida do “entrou ou não entrou” está com […]

Acabou, é penta a FIFA cedeu. O conservadorismo da entidade máxima do futebol não resistiu à pressão (e a uma falha de arbitragem grotesca na Copa de 2010) e, amanhã, votará o sistema GLT, acrônimo de “tecnologia de linha de gol,” que será adotado pelo futebol. A dúvida do “entrou ou não entrou” está com os dias contados.

O chutaço de Lampard no jogo Alemanha vs. Inglaterra na Copa da África, que ultrapassou 33 cm a linha do gol e mesmo assim não foi validado pelo juizão, foi a gota d’água. Mesmo com algumas pessoas importantes ainda contrárias à decisão, como o presidente da UEFA Michel Platini, um sistema eletrônico para dizer se foi gol ou não é um caminho sem volta. Resta decidir, apenas, qual deles será usado.

Há dois na disputa, o GoalRef e o Hawk-Eye. Ambos atendem aos requisitos da FIFA, anunciados ano passado, que incluem o básico que se espera de um sistema do tipo: 100% de certeza, notificação do árbitro em tempo real e funcionamento de dia e de noite independente das condições climáticas.

A proposta GoalRef, da Alemanha, utiliza um sensor dentro da bola combinado com um campo magnético colocado nas traves de ambos os gols. O Hawk-eye, da Inglaterra, apela para doze câmeras espalhadas no estádio que focam os gols, criando uma imagem 3D de alta precisão. Em ambos os casos, um relógio no pulso do árbitro recebe a informação do gol quando o mesmo acontece.

Os detectores de gols.

Mais do que uma decisão baseada em custos, a IFAB, órgão internacional que escolherá o padrão e que tem na FIFA 50% dos votos, deverá optar pelo que oferecer menos desvantagens. O Hawk-eye, por confiar em câmeras para dar o veredito, precisa que pelo menos 25% da bola esteja sob suas lentes para funcionar — ou seja, num escanteio aos 48 minutos do segundo tempo, com os dois times dentro da área, pode acontecer de o sistema falhar. Com o GoalRef esse problema não existe, mas ele carece de algo também muito importante: prova documental do gol. Não há registro em vídeo, como no caso do Hawk-eye, para os chorões, digo, jogadores e torcedores do time adversário se acalmarem e pararem com as acusações de sabotagem e outras maluquices que essa galera sempre inventa. O GoalRef também conta com as vantagens de ser mais barato e dispensar novas estruturas nos estádios — ele se adapta melhor ao futebol atual.

Mesmo sob protestos, agora vai. A tecnologia chega tarde ao futebol, mas ainda assim é muito bem-vinda. O primeiro torneio a utilizar a tecnologia, seja lá qual for adotada (e ainda existe a possibilidade de ambas serem aprovadas), será o da Major League Soccer, a liga norte-americana de futebol, que começa em março. Na Europa, aparentemente será a Premier League, da Inglaterra, só que na temporada 2013-2014. O único risco é que em vez de gritar “juiz ladrão!”, a torcida passe a acusar o sistema. Já imaginou um “FOI RÁQUER!” em coro vindo das arquibancadas? [BBC]

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