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Um adeus para o webOS em smartphones, que deixou um enorme legado para os aparelhos atuais

O webOS teve uma história bastante conturbada. Em breve, será hora de dizer adeus: o App Catalog e o Cloud Services param de funcionar em 15 de janeiro.

O webOS teve uma história bastante conturbada. Ele foi lançado pela Palm em 2009; no ano seguinte, a empresa foi adquirida pela HP, que não soube cuidar direito do sistema e, na prática, o abandonou. Em breve, será hora de dizer adeus à sua antiga versão para smartphones e tablets.

A HP anunciou que vai encerrar as atividades do App Catalog e do Cloud Services em 15 de janeiro de 2015. Depois dessa data, não será mais possível baixar apps no webOS, resetar o smartphone ou tablet, e nem mesmo recuperar senhas perdidas.

A empresa explica que o webOS chegou ao fim da vida: os últimos dispositivos com o sistema foram lançados em 2011, mas os serviços dele continuaram funcionando nesses três anos. Agora, “o número de usuários caiu até um ponto em que não é mais viável manter os serviços em execução”, diz a HP em seu FAQ.

Mesmo anos depois, o webOS até que envelheceu bem. O Pocketnow testou o Pre 3 e o HP Touchpad no ano passado, e diz: “a multitarefa é incrível, o e-mail é fenomenal, os aplicativos são ok, mas tristes, e o navegador funciona onde os apps falham – ahem, Facebook”. Mas, claro, a concorrência avançou nesses últimos anos, tanto em software como em hardware – há poucos motivos para usá-lo hoje em dia.

O webOS é importante porque deixou um legado enorme para o Android, iOS e Windows Phone. Este artigo resume os principais recursos herdados dele: a multitarefa simples e elegante; as notificações interativas; apps com integração entre vários dispositivos; e a interação entre tablet e smartphone (que permitia receber ligações e links na tela maior).

E ainda temos o visual baseado em cards, que se aproximava do flat design, adotado por Microsoft, Google e Apple nos anos seguintes. Na verdade, a equipe do webOS preparava um visual realmente flat para ser lançado em 2011, muito antes da concorrência; além de uma multitarefa tão esperta que ninguém ainda copiou – os detalhes estão aqui.

Depois dessa jornada, o webOS que conhecemos em 2009 está quase morto. Mas sua alma ainda vive: a HP abriu o código-fonte do sistema e, desde então, ele vem sendo levado a dispositivos Nexus – é o caso do LuneOS.

A HP depois vendeu o webOS para a LG, que o incorporou em suas Smart TVs. Rumores dizem que a coreana também planeja levá-lo a smartwatches. Afinal, um sistema tão bacana não poderia morrer para sempre. [HP via PhoneDog via VentureBeat]

Atualizado às 12h54

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