Google está testando um novo método de criptografia contra ataques de computadores quânticos

Computadores quânticos serão muito melhores do que os convencionais na quebra de criptografia, e o Google já está testando métodos para aumentar a segurança no Chrome.

A computação quântica vem aí e ela pode ser uma ameaça à segurança na internet. Por isso, o Google já começa a trabalhar em proteções para que os usuários do Chrome não sejam alvo de ataques feitos por essas máquinas potentes quando elas enfim estiverem entre nós.

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Computadores quânticos podem realizar muito mais cálculos simultâneos do que os computadores atuais. Isso acontece porque, enquanto as máquinas que usamos hoje só usam bits em dois estados (0 ou 1), o estado quântico permite qubits que podem estar em ambos os estados ao mesmo tempo. Os cálculos mais rápidos podem significar quebra de criptografia mais rápida, estimam pesquisadores, que acreditam que eles podem muito bem ser usados em métodos futuros de hacks para acesso a dados criptografados.

Isso é uma preocupação para o futuro – os pesquisadores acreditam que essa quebra mais veloz de criptografia só é possível com centenas de milhares de qubits, enquanto as máquinas quânticas atuais da IBM só possuem cinco deles. Mas não impede o Google de já trabalhar em uma solução para esse problema futuro.

O método é relativamente complexo e envolve um novo esquema de criptografia além dos já usados, o que faz com que hackers precisem quebrar ambos os sistemas para ter acesso a dados protegidos. Na prática, o Google adiciona uma nova camada de criptografia chamada Ring Learning With Errors (Ring-LWE) que criptógrafos acreditam ser mais resistente à computação quântica, em vez de usar a criptografia TLS amplamente difundida na web atual, e que é praticamente indestrutível por computadores convencionais.

Ele está ativado no Chrome Canary e atualmente só vale para alguns poucos sites e usuários do Chrome, mas por ser um projeto para o futuro, dá para entender que o Google não pretenda usá-lo amplamente por enquanto.

[Google, Wired, Engadget]

Crédito da foto: Julian Kelly/Google

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