Google usa inteligência artificial para economizar energia em data centers

A inteligência artificial do Google é empregada para ajudar a economizar energia nos data centers da empresa.

Tem alguma coisa que o DeepMind não consiga fazer? A inteligência artificial do Google derrotou campeões de Go, tem potencial para ajudar no diagnóstico de cegueira, e também está ajudando a empresa a se tornar mais ecologicamente responsável.

Rede neural do Google vai ser usada para ajudar no diagnóstico de cegueira
Eric Schmidt, do Google, está bem tranquilo em relação ao futuro da inteligência artificial

A Bloomberg diz que a gigante da tecnologia conseguiu usar a inteligência artificial para reduzir o consumo de energia em seus data centers. De acordo com um post no blog da empresa, o DeepMind conseguiu reduzir a quantidade de energia usada para resfriamento em até 40%, o que equivale a mais ou menos 15% de redução geral.

É um feito impressionante, considerando que o Google disse ter usado cerca de 4.402.836 MWh de eletricidade apenas em 2014. Isso é o suficiente para fornecer energia para mais de 360.000 casas nos EUA durante um ano.

A empresa DeepMind foi adquirida pelo Google em 2014. Ela cria redes neurais que rodam a partir de algoritmos, basicamente gerando máquinas que podem se adaptar mais ou menos da mesma forma como os humanos aprendem coisas.

O Google vem usando aprendizado de máquinas há alguns anos para fazer seus data centers funcionarem mais eficientemente, mas a implementação do DeepMind só aconteceu há alguns meses. Ao usar dados que foram acumulados ao longo de dois anos, os engenheiros conseguiram treinar as redes neurais para reconhecer o índice PUE (Power Usage Effectiveness) de eficiência de consumo de energia, ou a relação entre a energia consumida pela instalação inteira e a que é usada pelos equipamentos de TI. Ao usar isso, e prever como serão os números futuros, o DeepMind conseguiu calcular as ações apropriadas.

“Ele controla cerca de 120 variáveis nos data centers. As ventoinhas e os sistemas de resfriamento, as janelas, e várias outras coisas,” disse Demis Hassabis, cofundador da DeepMind, à Bloomberg.

Faz sentido se você observar outras aplicações do DeepMind. A AI está sendo programada para conseguir os melhores resultados em jogos, então por que não também em consumo de energia? Os algoritmos que ela utiliza também poderão ser usados em mais coisas no futuro. Mesmo o Google diz que ainda vai usar a rede neural mais “amplamente” dentro da empresa. Parece um bom investimento, especialmente considerando que o Google pagou mais de US$ 500 milhões pela DeepMind.

[Bloomberg e Google]

Foto via AP

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