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[Hands-on] Novo Sony Morpheus é o melhor headset de realidade virtual até agora

O novo protótipo do Project Morpheus supera tudo o que vimos antes em realidade virtual.

Eu acabei de sobreviver a um ataque de tubarão. Eu acabei de roubar um diamante de valor inestimável em um assalto em Londres. Eu fiz isso com o novo headset Project Morpheus da Sony – é o melhor que já experimentei.

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Eu usei vários headsets VR nos últimos anos. Cada um é ligeiramente melhor do que o último: a imagem é sempre um pouco mais nítida, a experiência é sempre um pouco menos propensa a me deixar enjoado. O novo protótipo Sony Morpheus não é exceção – mas, de uma forma fundamental, ele supera tudo o que vi antes.

Há muitas maneiras tecnológicas nas quais o Morpheus ultrapassa a concorrência:

Há uma ressalva: os pixels do OLED ficam totalmente pretos quando desligados, mas brilham com um efeito furta-cor estranho em cenas que não são bem iluminadas.

Conforto sem esforço

Ainda assim, o headset da Sony é sensacional, especialmente por um motivo: o novo protótipo Morpheus é o único que é completamente confortável de usar.

Eu não acho que ele seja tão leve quanto o frágil protótipo Crescent Bay do Oculus Rift, que me surpreendeu no ano passado. E estranhamente, ele não tem fones de ouvido embutidos. Mas ao contrário do Crescent Bay e de todos os outros headset VR que usam faixas de elástico para se prenderem à sua cabeça, o Morpheus apenas repousa em seu rosto.

Você pode apertar ou afrouxar a faixa girando um botão, e pressionar um botão para soltá-lo de vez – mas o Morpheus é tão bem equilibrado que você não precisa apertá-lo demais.

E ele tem almofadas sedosas de borracha para seu nariz, que impedem a luz ao redor de entrar em seus olhos. E novamente, você não precisa espremê-los em seu rosto para obter esse efeito: a tela inteira apenas flutua no ar, bem na frente de seus olhos.

Isso também permite que o headset faça um truque bem impressionante: você pode pressionar um botão para afastar a tela do seu rosto por um segundo, para que você possa ver ao redor sem tirar o Morpheus de sua cabeça.

Os jogos

E quanto aos jogos? Eles não decepcionam. Em The Deep, você começa em uma gaiola de tubarão assistindo a vida marinha ao redor. Aí, de repente, surge um tubarão mortal rasgando a gaiola. Eu me encolhi de medo. É sério. A demonstração não me deu braços e pés, então não era possível fugir: a gaiola balançava, mas eu tinha que permanecer parado.

O melhor jogo, no entanto, foi The London Heist; espero que se torne um jogo completo. Ele começou sem nada de especial, mais outra experiência estacionária do tipo que eu vi no Oculus Rift muitas vezes. Eu estava amarrado a uma cadeira enquanto um bandido musculoso chegava perto de mim com uma tocha de propano, ameaçando me torturar por queimaduras de terceiro grau.

O smartphone dele tocou – um alívio cômico bem-vindo – e fiquei impressionado ao descobrir que eu conseguia alcançá-lo, tirá-lo da mão dele, segurá-lo na minha orelha, e ouvir o som seguindo minha mão. (A Sony trabalha em áudio posicional há algum tempo, afinal.)

E o que deixou meu sangue fluindo foi o próprio assalto. É uma cena simples: abri algumas gavetas para encontrar a chave de um cofre e, em seguida, procurei por um revólver e munição após disparar o alarme. Mas o fato de que eu pude fazer tudo isso com o PlayStation Move – abrir gavetas, inserir munição na pistola, e me esconder atrás da mesa enquanto atirava nos guardas – isso fez toda a diferença no mundo. Eu quero mais disso: sentir que estou realmente fazendo alguma coisa, em vez de apenas pressionar botões.

Infelizmente, nós vamos ter que esperar um ano inteiro para o Projeto Morpheus se tornar uma realidade. A Sony anunciou na Game Developers Conference que a versão final do headset para consumidores será lançada em 2016. Guarde o seu dinheiro, pessoal.

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