IBM cria nanotubos de carbono para substituir o silício nos processadores do futuro

Pesquisadores da IBM descrevem uma nova maneira de fazer pequenos transistores usando fileiras paralelas de nanotubos de carbono.

Em se tratando de semicondutores, o tamanho é importante – mas a indústria está preocupada que não será capaz de criar transistores ainda menores. Uma equipe de cientistas da IBM publicou uma pesquisa mostrando como nanotubos de carbono podem ajudar.

O problema do tamanho é simples: ao encolher os circuitos exigidos por transistores, a resistência elétrica aumenta – especialmente nas conexões em pequenos dispositivos eletrônicos. Conforme aumenta a resistência, a temperatura sobe, a eficiência diminui e os circuitos começam a interferir uns com os outros.

Pesquisadores da IBM já afirmavam que nanotubos de carbono seriam uma alternativa útil. Agora, em um novo estudo publicado na revista Science, eles descrevem uma nova maneira de fazer pequenos transistores usando fileiras paralelas desses nanotubos.

Nanotubos de carbono são cilindros feitos a partir de uma camada de carbono com um átomo de espessura. Quando deixados à própria sorte, esses tubos formam um emaranhado (assim como cabos USB, fones de ouvido e outros fios).

IBM e nanotubos (2)

Mas os pesquisadores conseguiram alinhá-los, colocá-los em linhas espaçadas com regularidade e depositá-los em wafers de silício. Depois, eles conseguiram soldar minúsculos contatos metálicos feitos de molibdênio nas extremidades.

O nanotubo de carbono funciona como um semicondutor, então o resultado é um transistor que funciona como o silício – porém com resistência menor.

Os pesquisadores da IBM acreditam que a tecnologia possa ser utilizada para criar transistores de até 5 nanômetros – compare isso aos 14 nanômetros que a maioria das fabricantes adotou recentemente.

Em outro estudo, a IBM mostrou que seria possível chegar a 7 nanômetros (na melhor das hipóteses) se mudarmos para uma mistura de silício e germânio.

Assim, o uso de nanotubos de carbono poderia ajudar os engenheiros a levar mais longe os limites do design de chips. E isso poderia permitir que a Lei de Moore continue válida por mais um tempo.

[Science via New York Times]

Imagens por IBM

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