Internet quântica é utilizada por laboratório americano há dois anos

Uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional Los Alamos, um dos dois laboratórios dos Estados Unidos autorizados a trabalharem com projetos de armas nucleares, admitiu que está usando internet quântica há dois anos – ou ao menos algo bem próximo disso. Se você não está familiarizado com o conceito de internet quântica, saiba que é […]

Uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional Los Alamos, um dos dois laboratórios dos Estados Unidos autorizados a trabalharem com projetos de armas nucleares, admitiu que está usando internet quântica há dois anos – ou ao menos algo bem próximo disso.

Se você não está familiarizado com o conceito de internet quântica, saiba que é o sonho de todos os especialistas em segurança. É um conceito que usa as leis da mecânica quântica para criar uma comunicação online perfeitamente segura. A ideia é que medir as características de um objeto quântico – como um fóton – sempre faz ele mudar, e então a tentativa de interceptar as mensagens prejudica tudo e as torna incompreensíveis.

O problema é que a maior parte das soluções de internet quântica só permitem que mensagens sejam enviadas entre dois lugares, e não roteadas para outros pontos. Isso acontece porque trabalhar onde ela deveria ser encaminhada altera o estado da mensagem quântica e transforma ela em lixo.

Mas os pesquisadores de Los Alamos, que fica no estado do Novo México e é comandado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, revelaram que têm um tipo diferente de internet quântica – e que ela está sendo usada há dois anos. O Technology Review explica como ela funciona:

Sua abordagem é para criar uma rede quântica baseada ao redor de uma rede hub-and-spoke. Todas as mensagens são encaminhadas de qualquer ponto na rede para outro através deste hub central… a ideia é que a mensagem para o hub ocorra no nível normal de segurança quântica. No entanto, uma vez no hub, elas são convertidas em bits clássicos convencionais e então reconvertidas em bits quânticos para serem enviadas para a segunda fase da viagem. Então enquanto o hub for seguro, a rede consegue se manter segura também.

A técnica poderia ser prejudicada por escalabilidade, mas a equipe alega ter superado esse problema ao equipar cada nó da rede com transmissores quânticos, mas não detectores. Com apenas o hub tendo a capacidade de receber as mensagens quânticas, ele recebe as mensagens dos nós para transferir os dados com segurança através de um protocolo normal de internet.

O resultado não é necessariamente internet quântica – mas oferece um nível de segurança equiparável. E está funcionando há dois anos. O único problema é a segurança do hub central – e ainda veremos se este ponto de risco centralizado vai impedir a solução de Los Alamos de se tornar popular. [arXiv via Technology Review]

Imagem via nrkbeta sob licença Creative Commons

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