Mais que uma loja de discos: por dentro da nova “meca” da música de Nova York

Mas gente, alguém está abrindo uma nova loja de discos? Quem em sã consciência iria pensar em abrir uma loja de discos? E ainda por cima em Nova York, onde os aluguéis são exorbitantes! Esses caras não viram o que aconteceu com todas as outras? Bem, essa aqui é diferente. Fotos por Michael Hession Ontem, a […]

Mas gente, alguém está abrindo uma nova loja de discos? Quem em sã consciência iria pensar em abrir uma loja de discos? E ainda por cima em Nova York, onde os aluguéis são exorbitantes! Esses caras não viram o que aconteceu com todas as outras? Bem, essa aqui é diferente.

Fotos por Michael Hession

Ontem, a Rough Trade NYC abriu suas portas na  North 9th Street em Williamsburg, Brooklyn, a alguns quarteirões das fileiras de condomínios caros que foram construídos próximos ao East River, encobrindo o horizonte de Manhattan. A loja e casa de shows é uma filial das lendárias lojas de discos de Londres, que começaram nos anos 70. O selo Rough Trade foi vendido para a BMG há uma década em meio a problemas financeiros, e agora é parte do conglomerado indie Beggar’s Group.

Os opositores da indústria fonográfica estão certos em questionar por que alguém abriria uma loja gigante num dos bairros mais caros de Nova Iorque. Então, como a Rough Trade planeja competir com as forças tecnológicas que fecharam tantas outras lojas e abalaram a indústria?

Antes de tudo, a Rough Trade é mais que uma loja — é uma “meca da música”, alojada num galpão de quase 1400 m² que já serviu como depósito de equipamentos e acessórios de filmagem. Por dentro, a loja é compartimentada, como um mercadão, em lojas individuais menores. As receitas somadas de cada um dos estabelecimentos poderiam ser suficientes para sustentar um espaço físico bem sucedido para a música. Nós a visitamos no dia da inauguração, e aqui está o que encontramos.


Colecionadores de discos que costumavam frequentar lojas cavernosas de outrora irão se sentir confortáveis assim que entrarem no enorme espaço da Rough Trade

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Corredores e mais corredores de CDs e discos de vinil à venda. Não tantos quanto você veria numa gigante como a Virgin Megastore ou na lendária cadeia independente Amoeba Music, mas ainda assim é uma quantidade respeitável.

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A Rough Trade tem uma seleção sólida, contando com uma coleção de belos discos antigos, assim como novidades e coisas pouco conhecidas muito bem selecionadas.

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A loja é dividida em dois andares, com espaços feitos de antigos contêineres de navio. Muitos deles ainda estão enferrujados e dá para sentir como são ásperos ao tocar.

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Os contêineres reforçam a ideia de que a loja é feita de muitos espaços separados, com todos eles se juntando para formar uma barca de músicas gigante.

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Na parte de trás da loja, há um espaço para shows com capacidade para 250 pessoas e um bar. Muitas bandas legais já marcaram shows lá, incluindo a lendária banda punk novaiorquina Television. Várias apresentações já tiveram seus ingressos esgotados. Mais que um adicional, o espaço –e especialmente o bar– podem ajudar a manter a loja operando no azul.

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Em um canto da loja, há um pequeno showroom de instrumentos musicais. A curadoria é da Main Drag Music, uma loja que fica a dez quarteirões ao sul da nova Rough Trade.

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Este espaço tem algumas das novidades mais legais no ramo — incluindo novos produtos da Moog, Electro-Harmonix e Keith McMillen Musical Instruments.

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No andar de cima, a Rough Trade tem à disposição uma seleção de livros de música, design e cultura pop. Lembra um pouco uma Urban Outfitters — exceto por ser, talvez, um pouco mais “cabeça”. Encontramos muitas, mas muitas mesmo, cópias da autobiografia do Morrissey.

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A Rough Trade também está vendendo fones de ouvido da Bowers & Wilkins, que você pode testar enquanto compra seus discos.

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Localizada depois de um lance de escadas de aço e concreto no segundo andar, a “Guardian Green Room” é um contêiner com curadoria do jornal britânico.

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O espaço é equipado com telas touchscreen, que os visitantes podem usar para ler a cobertura musical do Guardian, bem como se comunicar com o mundo lá fora. É, você sabe, um experimento social e interativo kitsch feito por gente descolada.

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E o que nós achamos disso tudo? É bem encantador ver corredores e mais corredores de discos selecionados por uma equipe lendária que influenciou e ainda influencia o gosto musical de muita gente.

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Mas isso será o bastante?

 

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