Made in Brazil SoundSphere da Philips coloca o Tweeter no seu devido lugar

Observe essa esquisita caixa acústica do novo mini-system da Philips. O driver de agudos  foi reposicionado como um periscópio, de uma maneira que, ao que me explicaram os engenheiros da empresa (e eu não entendi, mas balancei a cabeça), o som fica ao mesmo tempo mais encorpado e mais nítido de qualquer ângulo que você esteja ouvindo. O SoundSphere é um gadget lindo para os olhos e ouvidos e isso tem um preço.

Observe essa esquisita caixa acústica do novo mini-system da Philips. O driver de agudos (Tweeter) foi reposicionado como um periscópio, de uma maneira que, ao que me explicaram os engenheiros da empresa (e eu não entendi, mas balancei a cabeça), o som fica ao mesmo tempo mais encorpado e mais nítido de qualquer ângulo que você esteja ouvindo. O SoundSphere é um gadget lindo para os olhos e ouvidos e isso tem um preço.

O problema das caixas normais, com os dois drivers, é que você só ouve o som claramente se ela estiver apontada mais ou menos para você. De outra forma, você não consegue perceber todas as frequências tão claramente. Se o tweeter (a parte dos agudos, não o microblogging) ficar separado e ao mesmo tempo mandar o sinal em um ângulo preciso (patenteado pela Philips), essa confusão não acontece, e você ouve a coisa perfeitamente mesmo se estiver atrás da caixa acústica.  Este slide que me mostraram explica mais ou menos isso:

Entendeu? O que você precisa saber: fora poucos modelos do tipo monitor de estúdio (eu tive uma banda, afinal), o Soundsphere foi certamente o som mais impressionante que ouvi de caixinhas pequenas assim – a potência é de 100W RMS. E o design é dos mais bacanas que vi. A Philips diz que faz antes de colocar um produto no mercado, são feitas várias pesquisas e testes cegos com consumidores comuns. São estabelecidas algumas metas, do tipo "o SoundSphere só será lançado quando 70% das pessoas perceberem que os MP3 tocam melhor neste aparelho do que em concorrentes da mesma faixa de preço". Se ele falhar, volta para o projeto ou é até descartado. Pela qualidade do bicho ao final das contas, isso parece ser verdade.

Outras coisas legais no mini-system: ele é construído em uma peça só de alumínio, há um HD destacável de 160 GB para você copiar as músicas e um receptor Wi-Fi padrão n, para que você possa ouvir o que está no computador por streaming ou pegar uma rádio por internet. Há também um drive de CD para quem ainda usa isso – tipo pessoas com muito dinheiro que são xiitas sobre qualidade de som, basicamente o público-alvo do Soundsphere.

Dois modelos do SoundSphere foram apresentados esta semana em Barcelona: um com tudo mencionado aí e outro sem a parte de conectividade com internet, HD e etc. Ambos devem chegar ao mercado europeu nas próximas semnas. Para o Brasil, espera-se que apenas o mais bacana (MCi900) e mais caro seja vendido. Na Europa, ele custará Mil Euros, o que dá R$ 2.800. Como os eletrônicos na europa são meio carinhos no geral, não dá pra saber quanto que isso se traduz em Reais, mas certamente é bastante dinheiro.

 

De qualquer forma, é bom ver que, em tempos de música com baixo bitrate por streaming e MP3 de 128 kbps em fones vagabundos, algumas marcas mais tradicionais não esquecem dos audiófilos. Aliás, a Philips acha que esse público está crescendo, e batizou-os de "Sound Purists", gente que acha ok, por exemplo, pagar mais de 100 dólares em um fone de ouvido. Se eu tivesse mais dinheiro eu me enquadraria mais nos pré-requisitos.

O SoundSphere é lindo e soa maravilhosamente bem. Se ele vale os Mil Euros, aí já são outros quinhentos. Ou mil.

 

* O Gizmodo viajou a Barcelona a convite da Philips. E viu a MWC uma semana antes.

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