O maior mapa 3D da Via Láctea tem mais de um bilhão de estrelas

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta semana um novo mapa celeste feito a partir dos primeiros 14 meses de observação do satélite Gaia.

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta semana um novo mapa celeste, feito a partir dos primeiros 14 meses de observação do satélite Gaia, que começou a coletar dados em julho de 2014. Com mais de um bilhão de estrelas, este é o mapa mais completo já feito da nossa galáxia. É possível ver objetos um milhão de vezes mais opacos daquilo que conseguimos enxergar a olho nu.

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“O lançamento dessas imagens nos dá a primeira impressão dos dados extraordinários que nos aguardam, e que irão revolucionar nosso entendimento de como as estrelas estão distribuídas e se movem pela nossa galáxia”, diz o diretor de ciência da ESA, Alvaro Giménez, em um comunicado.

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Embora o mapa lançado seja apenas uma palhinha do que vem por aí – ele representa apenas 1% das estrelas da nossa galáxia – as estruturas galácticas mais importantes já estão visíveis.

Intrépidos desbravadores do espaço, que gostariam de conhecer melhor o nosso tumultuado plano galáctico, podem vê-lo representado aqui como uma faixa brilhante que passa horizontalmente pela Via Láctea. Para os que suspeitam da existência de civilizações alienígenas antigas, escondidas em clusters globulares, é possível usar o mapa para escolher dúzias de possíveis alvos. Embora, apesar de toda a informação, eles com certeza vão precisar de lentes potentes.

Finalmente, pessoas que buscam algum tipo de beleza espacial poderão espreitar a Grande e Pequena Nuvem de Magalhães, duas galáxias anãs visíveis a olho nu. Elas podem ser visualizadas na parte inferior à direita.

Muitos irão desistir antes de visualizar o mapa por inteiro, mas Gaia não. O satélite não foi feito para registrar as estrelas, e sim para coletar dados de seus movimentos. No final de sua missão, espera-se que Gaia tenha observado as estrelas desse mapa 70 vezes cada uma, criando medidas precisas de sua posição, velocidade, luminosidade e composição. O arquivo final deve passar de um petabyte.

Por fim, Gaia nos dá um modelo 3D e móvel da nossa galáxia. Com ele, podemos começar a entender a física por trás desse aglomerado de gases e poeira que chamamos de lar.

[ESA]

Imagem do topo: ESA/Gaia/DPAC.

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