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Se você pudesse morrer apenas de acidentes repentinos, quanto tempo viveria?

O site Polstats conduziu um experimento em que finge que uma revolução médica e social conseguiu eliminar todas as causas “naturais” de morte

Imagine um mundo no qual a única forma possível de morrer seria por meio de um acidente repentino, como uma batida de carro, uma queda das escadas ou sendo acertado por um raio. Quanto tempo você esperaria viver em tal mundo? De acordo com uma reveladora simulação, seria muito, muito tempo mesmo.

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O pessoal simpático do site de dados Polstats recentemente conduziu um experimento no qual eles fingem que uma revolução médica e social conseguiu eliminar todas as causas “naturais” de morte, como câncer, ataques cardíacos e todas as doenças relacionadas à idade. Usando dados tirados do Insurance Information Institute, o Polstats juntou uma simulação muito maneira de 100 humanos vivendo nesse mundo.

Como a visualização mostra, a expectativa de vida nos Estados Unidos aumentaria da atual média de 78 anos para impressionantes 8.938 anos. E isso é só em média. Em um mundo com essas probabilidades, a expectativa de vida para alguns sortudos pode ir além de 30 mil anos ou mais (em uma das simulações que rodamos, a 100ª morte não aconteceu até 45.641 anos).

A simulação de 100 vidas humanas após 9.077 anos. Como a Polstats nota, “nós somos muito ruins dirigindo” (Imagem: Polstats)

Em um mundo livre de todas as causas naturais de morte, a única forma de morrer é por meio de acidentes de carro, afogamentos, homicídios, incêndios e por aí vai. Como a visualização deixa

claro, a maioria de nós morreria de acidente de carro (0,011% de todas as causas de morte), com ataque por arma de fogo sendo um distante segundo (0,0035% de todas as causas de morte). Incêndios, quedas de escadas e afogamento são responsáveis pelas outras formas mais comuns de mortes acidentais.

Nem precisamos dizer que essa simulação faz várias suposições. Dada a multiplicidade de formas de bater as botas, tanto “naturais” quanto “não-naturais”, essa é uma lista muito curta de formas de morrer. Ela presume que nós não apenas curamos todas as doenças conhecidas, também como as relacionadas à idade que ainda não conhecemos (talvez existam doenças que não nos aflijam até termos vários séculos de idade?). Também presume que mortes resultantes de nascimento, fome e má nutrição tenham sido eliminadas. Por fim, pressupõe um determinado status quo nos Estados Unidos e que nenhuma guerra ou doença assole boa parte da humanidade.

Tirando essas questões, o exercício nos lembra que todos vamos nos despedir das nossas cascas mortais alguma hora. Pode levar algum tempo, mas eventualmente algo lá fora vai matar a gente.

Imagem do topo: Polstats

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