Múmia de mais de três mil anos é encontrada em tumba descoberta nos anos 1990 no Egito

Arqueólogos egípcios trabalhando em Luxor exploraram duas tumbas da XVIII Dinastia Egípcia, descobrindo estatuetas coloridas, máscaras fúnebres, um impressionante mural e uma múmia envolvida em linho. Conforme reporta a National Geographic, estas duas tumbas, encontradas na necrópole de Dra’ Abu el-Naga em Luxor, no Egito, foram originalmente descobertas durante os anos 1990 pela arqueóloga alemão […]

Arqueólogos egípcios trabalhando em Luxor exploraram duas tumbas da XVIII Dinastia Egípcia, descobrindo estatuetas coloridas, máscaras fúnebres, um impressionante mural e uma múmia envolvida em linho.

Conforme reporta a National Geographic, estas duas tumbas, encontradas na necrópole de Dra’ Abu el-Naga em Luxor, no Egito, foram originalmente descobertas durante os anos 1990 pela arqueóloga alemão Friederike Kampp-Seyfried. No sábado, o ministro de antiguidades do Egito anunciou a redescoberta e escavação destas duas tumbas, nomeadas de Kampp 150 e Kampp 161, depois de definharem por quase três décadas. Kampp-Seyfried pode escavar a entrada para a Kampp 150, mas este foi o máximo que ela conseguiu e as tumbas foram rapidamente esquecidas.

Mobília fúnebre encontradas dentro da tumba Kampp 161 (Créditos: AP)

Não se sabe para quem eram as tumbas, já que não existem inscrições óbvias. Sabe-se, no entanto, que elas datam a XVIII Dinastia (1550 – 1292 a.C.) e foram possivelmente construídas para oficiais do governo que serviram a antiga capital de Tebas.

Kampp 150 é uma estrutura de alvenaria feita de tijolos de barro e é maior que a tumba vizinha. Ela possui cinco entradas para um pátio com um par de sepulturas de poço. A tumba é um século mais velha que a Kampp 161, datando o reino do faraó Tutmés I. Os arqueólogos egípcios liderando a escavação não encontraram nenhuma inscrição ou dedicação, mas localizaram vedações fúnebres com o nome de um escritor, chamado Maati, e sua esposa, Mohi. Além disso, eles encontraram também máscaras fúnebres, coloridas estátuas de madeira e uma múmia envolvida em linho na tumba.

O colorido mural descoberto na parede oeste da tumba Kampp 161. (Créditos: AP)

Kampp 161 é um poço de sepultamento individual, mas sem restos mortais. Ela tem, no entanto, um tesouro na forma de um elaborado mural descrevendo uma espécie de evento social, possivelmente um banquete, com uma figura dedicando oferendas ao ocupante da tumba e sua esposa. Máscaras fúnebres de madeira, mobilia, e um caixão decorado também foram encontrados no local. Uma análise do estilo e arquitetura da tumba sugere que ela date os reinos de Amenófis II e Tutmés IV, dando a ela cerca de 3.400 anos de idade.

Escavadores egipcios restauram peças de cerâmica. (Créditos: AP)

Arqueólogos egípcios estão agora no centro de uma incrível série de descobertas. Em abril, eles encontraram a tumba de um magistrado da XVIII Dinastia chamado Userhat na necrópole, além de milhares de estatuetas, oito múmias e dez sarcófagos de madeira.

Inclusive, estas escavações foram feitas sem a ajuda de arqueólogos estrangeiros, sugerindo uma nova confiança e profissionalismo dentro da arqueologia no Egito.

[National GeographicHistory Blog]

Imagem de topo: a múmia descoberta na tumba Kampp 150, em Luxor, no Egíto. (Créditos: AP)

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