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Muro gigante de gelo de Fukushima não fica frio o bastante para congelar

Lembra que o Japão teve a ideia meio maluca de construir um muro de gelo para conter os vazamentos de água da usina nuclear de Fukushima? Bem, a obra está atrasada — os engenheiros não conseguem atingir temperaturas baixas o suficiente para formar gelo. O plano era construí-lo colocando canos verticais, com um metro de […]

Lembra que o Japão teve a ideia meio maluca de construir um muro de gelo para conter os vazamentos de água da usina nuclear de Fukushima? Bem, a obra está atrasada — os engenheiros não conseguem atingir temperaturas baixas o suficiente para formar gelo.

O plano era construí-lo colocando canos verticais, com um metro de espaço entre eles, a uma distância de 20 a 40 metros do chão. Então, um fluído refrigerante deveria ser bombeado através deles, criando efetivamente uma barreira de permafrost em torno dos prédios afetados, mantendo a água contaminada dentro e a água subterrânea fora.

Mas a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO) admitiu que um muro inicial, menor, a ser feito mais internamente –uma prova de conceito, se você preferir– está se mostrando difícil de construir. Um porta-voz da empresa explicou:

Nós ainda temos que formar o bloqueio de gelo, pois não conseguimos deixar a temperatura baixa o suficiente para congelar a água. Nós estamos atrasados, mas nós já tomamos medidas adicionais, incluindo adicionar mais canos, para que possamos remover a água contaminada da vala no mês que vem.

Os engenheiros envolvidos no projeto estão usando um fluído refrigerante de cloreto de cálcio, com a temperatura em -30°C. Em outras versões menores de muros de permafrost em outros lugares, isto foi suficiente, mas o mesmo não está acontecendo em Fukushima. Na verdade, o projeto já foi recebido com ceticismo por alguns engenheiros que –talvez agora possamos dizer que corretamente– apontaram que a empreitada poderia ter dificuldades para dar certo em tal escala e tempo.

A água de Fukushima continua a vazar em grandes quantidades, e isso é um problema cada vez maior e mais grave. Vamos torcer para os engenheiros encontrarem algo mais efetivo que o fluído refrigerante de cloreto de cálcio. [Agence France-Presse via Guardian]

Imagem: AP

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