Por que a NASA lançará grandes balões com bactérias durante o eclipse

O eclipse solar que acontecerá na próxima segunda-feira vai oferecer para muita gente uma belíssima vista. Quando a Lua bloquear completamente a visão do Sol, o fenômeno será visível por até 160 segundos de qualquer localidade na América do Norte (o eclipse parcial poderá ser visto em locais da África, Europa e ao norte da […]

O eclipse solar que acontecerá na próxima segunda-feira vai oferecer para muita gente uma belíssima vista. Quando a Lua bloquear completamente a visão do Sol, o fenômeno será visível por até 160 segundos de qualquer localidade na América do Norte (o eclipse parcial poderá ser visto em locais da África, Europa e ao norte da América do Sul, incluindo trechos do Brasil, segundo a BBC). E para tornar as coisas ainda mais legais, a NASA – em colaboração com pesquisadores da Universidade Estadual de Montana – vai aproveitar a oportunidade para lançar alguns balões gigantes durante o evento.

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Os cientistas não estão enviando esses balões porque eles estão muito entusiasmados com o eclipse, embora eles também estejam (provavelmente). Os enormes balões são parte de um projeto chamado “Eclipse Ballooning Project“, e será utilizado para realizar diversos experimentos, um deles que pode ajudar os pesquisadores no preparo para a missão para Marte.

Da frota total de praticamente 75 balões, mais de 30 deles irão levar pequenas amostras de uma variedade extremamente resistente de bactéria, chamada Paenibacillus xerothermodurans, a mais de 24 quilômetros acima da Terra. As amostras de P. xerothermodurans serão incorporadas a “cupons” de alumínio, bem finos e colocados na parte de fora do balão. De acordo com os pesquisadores, a estratosfera da Terra é similar à atmosfera da superfície de Marte, então eles conseguirão ter alguma ideia de como essa bactéria iria se comportar lá.

“Temos que ser extremamente cuidadosos para não levarmos bactérias ou outros pequenos organismos da Terra para outros planetas”, disse ao Gizmodo a líder do projeto, Angela Des Jardins, diretora do Montana Space Grant Consortium (MSGC). “Enquanto a maioria dessas pequenas formas de vida que existem em abundância ao redor de nós não sobreviveria em uma viagem através do espaço, é sabido que alguns tipos resistentes podem ‘ficar dormentes’ durante a viagem e entrar sobreviver na superfície de outro planeta. Além disso, para estar preparado para manter os planetas que visitarmos intactos, é importante entender como uma bactéria se comportaria lá”.

Além de estudar algumas bactérias, os balões terão câmeras para capturar vídeos. A equipe espera que o material seja útil para cientistas que procuram entender a formação de nuvens durante o eclipse solar. Alguns balões também irão carregar pequenas estações de meteorologia, chamados rádiosondas, com os quais os pesquisadores poderão utilizar depois para estudar como a atmosfera da Terra responde a um eclipse.

“Antecipamos ter vídeo de alta qualidade e imagens dentro de um ou dois dias depois do voo dos balões”, disse Jardins. “Análises do experimento da bactéria serão realizados por cientistas da Cornell e provavelmente levarão um ou dois meses para os resultados ficarem prontos. Análises sobre a resposta atmosférica ao eclipse (a partir da série de balões meteorológicos especiais) também levarão um ou dois meses”.

Imagens: Cortesia da Universidade Estadual de Montana

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