Para continuar transformação, Nokia quer se livrar do Here Maps

Depois de vender sua divisão de celulares para a Microsoft, a nova Nokia passou a se concentrar em três segmentos: redes de celular, mapas e inovação.

Depois de vender sua divisão de celulares para a Microsoft, a “nova Nokia” passou a se concentrar em três segmentos: redes de celular, mapas e inovação. Ela vai reforçar duas dessas áreas, e talvez desistir de outra.

A Nokia anunciou que cogita vender o HERE Maps para outra empresa. O serviço de mapas está presente no Windows Phone, Android e iOS, e é usado em carros da Ford e BMW. Ele também é licenciado pela Amazon e pelo Baidu.

No Brasil, o maior diferencial do Here Maps são os mapas offline – algo que o Google Maps não oferece no país. Ele também exibe instruções de transporte público em mais cidades.

Infelizmente, os mapas deram um prejuízo de US$ 1,4 bilhão no ano passado, então dá para entender porque a Nokia desejaria vender a divisão. A empresa avisa, no entanto, que nada foi decidido ainda.

Alcatel na MWC 2012

Enquanto isso, a Nokia comprou a francesa Alcatel-Lucent por US$ 16,6 bilhões. A empresa instala redes de telefonia fixa e celular ao redor do mundo, e ajudará a desenvolver futuras redes 5G.

A Alcatel-Lucent é dona do Bell Laboratories, centro de pesquisa e desenvolvimento que teve papel na criação do laser, do sistema operacional UNIX e das linguagens de programação C e C++. Ele é nomeado em homenagem a Alexander Graham Bell, que recebeu a primeira patente do telefone.

A Nokia possui uma divisão Technologies – responsável pelo tablet Nokia N1 – que é focada em inovação e patentes, e o Bell Labs deve ajudá-la nisso. A aquisição da Alcatel-Lucent deve ser aprovada até a primeira metade de 2016.

Se você já ouviu falar dos smartphones Alcatel One Touch, deve estar se perguntando: a Nokia vai usar essa marca se (quando) voltar a fabricar celulares? Não: ela deixou de pertencer à Alcatel-Lucent há dez anos – sua dona é a chinesa TCL. (A Nokia poderá voltar a vender celulares a partir de 2016.)

Pouco a pouco, a “nova Nokia” vai se redefinindo: apostando pesado em redes de telefonia, e dando pequenos passos em produtos para consumidor. Ela começou fabricando papel (é sério!), então está no sangue dela se reinventar. [Re/code e TechCrunch]

Fotos por Roni Rekomaa/Lehtikuva via AP e Alcatel-Lucent/Flickr

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