Novo método de impressão 3D acaba com as limitações da gravidade e encurta o processo

Processo inédito criado no MIT faz em dez minutos algo que levaria 50 horas na impressão 3D tradicional

O potencial da impressão 3D para revolucionar a indústria é espantoso — se a tecnologia conseguir superar algumas limitações. Pesquisadores do Self-Assembly Lab, do MIT, criaram um novo jeito de tanto acelerar quanto liberar a impressão 3D das restrições impostas pela gravidade.

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A impressão 3D envolve lentamente construir um objeto usando milhares de camadas finas de plástico derretido impresso, o que pode levar horas, até dias, dependendo do que está sendo impresso. A natureza macia do material sendo usado, que leva um tempo para resfriar e endurecer, também significa que os modelos precisam ser projetados e reforçados com estruturas temporárias para resistir ao puxão da gravidade. Você não pode imprimir em 3D algo que fica pendurado no meio do ar, ele simplesmente irá se destruir antes que fique rígido.

RapidLiquidPrinting from Self-Assembly Lab, MIT on Vimeo.

Portanto, os cientistas no MIT, trabalhando com a fabricante de móveis Steelcase e com o pesquisador de materiais Christophe Guberan, desenvolveram um novo processo de impressão 3D que acontece dentro de uma cuba cheia de uma suspensão espessa de gel que basicamente anula os efeitos da gravidade.

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Imagem: Vimeo

A suspensão de gel oferece um suporte constante ao material líquido enquanto ele é expelido. Então, em vez de um bocal limitado a se mover em apenas duas direções, ela consegue expelir materiais em três dimensões. Isso permite que objetos mais complexos sejam impressos sem a necessidade de suportes adicionais, e a um ritmo consideravelmente mais rápido. Em entrevista ao designboom, o fundador do laboratório, Skylar Tibbits, explicou como a equipe conseguiu, com sucesso, reproduzir, em dez minutos, uma estrutura que teria levado 50 horas para ser impressa usando uma impressora 3D tradicional, usando seu processo de impressão líquida rápida.

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O novo processo também permite mais do que plástico derretido como material a ser usado para imprimir. Borracha e espuma em estados líquidos também podem ser expelidas, com o próprio gel servindo como um agente de endurecimento químico instantâneo, para que os objetos possam ser removidos logo que o processo de impressão tiver acabado.

Por enquanto, o laboratório do MIT tem trabalhado com a Steelcase para criar alguns móveis complexos, mas de visual bizarro, para demonstrar a complexidade dos objetos 3D que podem ser criados. Mas sem as limitações da gravidade, você pode imaginar máquinas inteiras um dia sendo impressas em 3D em uma única passagem, incluindo engrenagens, fiação e outros componentes móveis, sem a exigência de uma montagem de centenas de partes diferentes depois.

Não há prazo para quando esse novo processo de impressão estará disponível para fabricantes ou entusiastas, e ele não é exatamente um daqueles replicadores que Star Trek nos prometeu. Mas é, definitivamente, um passo adiante rumo a esse objetivo final.

[Vimeo via MIT Self-Assembly Lab via designboom]

Imagem do topo: Reprodução/Vimeo

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