Novas baterias de íons de lítio duram 10 vezes mais e carregam 10 vezes mais rápido

Enquanto os gadgets evoluem freneticamente a cada ano, a tecnologia que lhes dá energia fica quase parada. As baterias ainda são fracas, mas isso deve mudar caso saia algo desta pesquisa da Northwestern University: ela promete novas alternativas com íons de lítio que carregam 10 vezes mais rápido com capacidade 10 vezes maior. Dentro de […]

Enquanto os gadgets evoluem freneticamente a cada ano, a tecnologia que lhes dá energia fica quase parada. As baterias ainda são fracas, mas isso deve mudar caso saia algo desta pesquisa da Northwestern University: ela promete novas alternativas com íons de lítio que carregam 10 vezes mais rápido com capacidade 10 vezes maior.

Dentro de uma bateria, íons de lítio viajam entre um ânodo e um cátodo, passando por um eletrólito no processo. Durante a recarga, a velocidade à qual esses íons podem ir do eletrólito ao ânodo afeta a velocidade à qual a bateria pode ser recarregada. Os íons têm que passar entre camadas de finas placas de grafeno, mas para fazer isso elas precisam ir até as bordas das placas. Isso acaba criando mini-congestionamentos de íons, reduzindo a velocidade da recarga. Então, para melhorar isto, os engenheiros usaram um processo de oxidação para criar furos minúsculos nas placas de grafeno, basicamente dando aos íons de lítio um atalho até o ânodo.

Para aumentar a capacidade de uma bateria Li-ion, a equipe também colocou partes de silício entre as placas de grafeno. Em uma bateria comum, usa-se carbono, que só pode acomodar um átomo de lítio para cada seis átomos de carbono. Mas para cada átomo de silício, quatro átomos de lítio podem ser recebidos, o que aumenta drasticamente a capacidade da bateria. E ao colocar silício entre as placas flexíveis de grafeno, os pesquisadores também encontraram uma forma de lidar com a tendência do silício em se expandir e contrair, motivo que o deixou de fora das baterias até então. Como as placas são flexíveis, esse comportamento do silício não é mais problema.

Agora que os pesquisadores melhoraram o ânodo, eles esperam encontrar formas de melhorar o cátodo também, e dão a previsão otimista de que suas descobertas chegarão a produtos comerciais em até três anos. Considerando que ainda há pesquisa a ser feita e as empresas precisam se adaptar à nova bateria – tanto quem fabrica como quem usa – três anos é pouco tempo. Se bem que eu queria isso agora. [Northwestern University via Engadget]

Foto por Uwe Hermann/Flickr

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