O novo iPhone, por dentro

Nós desmontamos o novo iPhone.

Nós desmontamos o novo iPhone.

Aprendemos um monte de coisas sobre o aparelho depois de desmontá-lo, sendo que a mais importante delas foi a prova final (como se ainda precisássemos de mais provas) de que este é realmente um telefone fabricado pela Apple. Há três lugares distintos dentro da carcaça onde pode-se ler APPLE em letras garrafais e amigáveis.

Depois de desparafusar os dois parafusos de baixo — assim como no 3GS — é possível usar uma ferramenta de sucção para para separar a porção traseira do iPhone. Depois de aberto foi possível notar que a bateria ocupa cerca de 50% do espaço interno. Bem impressionante.

Ir adiante se torna bem trabalhoso. Há um total de 40 a 50 parafusinhos no interior do aparelho, em posições e ângulos muito frustrantes e quase impossíveis de serem alcançados. Alguns componentes podem ser removidos e separados de outros componentes. Há várias peças assim. Mas não tem como saber quais delas devem ser separadas, porque, afinal, não temos o manual. Depois de tirar todos os parafusos e soltar as peças que conectam o micro SIM, a câmera, o botão de ligar e os botões de volume, torna-se possível acessar o cérebro.

O circuito lógico principal é uma pecinha bem estranha neste quebra-cabeça. Diferente do iPhone 3GS, que, quando desmontado, revelou um circuito lógico grande junto a outra parte próxima ao conector de dock, este design só tem cerca de 1/3 do tamanho, junto com uma ou duas partes separadas. Basicamente, conseguiram diminuir bastante.

Infelizmente para nós, a Apple quer manter isso em segredo. Não há qualquer tipo de marca no circuito, mas ainda que houvesse, ele estava completamente envolto em metal, de modo que nada poderia passar por ali e seria extremamente difícil removê-lo sem quebrar o aparelho. Qualquer um que tentasse remover esta parte do telefone causaria danos irreparáveis a ele. Sobre este metal, havia um material parecido com pasta térmica. E sobre este material,  uma fita preta. Eles realmente não queriam ninguém bisbilhotando ali dentro.

Eu quis me certificar de não causar nenhum dano irreparável ao telefone, então não tentei tirar o metal. Isso foi tudo que eu consegui concluir sem acabar quebrando o troço. Por isso não posso dizer se o processador é um Apple A4, como o iPad, nem identificar nenhuma das outras partes que estavam dentro desta peça de metal.

Depois que as estranhas saíram, o que sobra na carcaça é a tela. A parte interna da tela é um espelho límpido, e se você não tiver cuidado ao lidar com ela, pode riscar a parte exterior a partir da parte interior, como um CD. E a bateria não é removível pelo usuário. É preciso abrir o telefone para chegar nela.

Aprendi duas coisas durante as horas e horas que demorei desmontando o telefone. A primeiro é que tudo nele se encaixa como um quebra-cabeças extremamente complexo e inteligente. Certamente esta é uma versão praticamente final do hardware já que definitivamente não há espaço aqui dentro para nem mais um pequeno recurso ser adicionado. Pelo contrário, há também a possibilidade da Apple ter que tirar coisas de dentro, seja por problemas de contrato, dificuldades de fabricação ou comparação de custos.

A segunda coisa que aprendi foi que a Apple realmente trabalhou para encolher ao máximo possível todos os componentes para fazer o telefone ficar mais magro. Ele pode pesar três gramas a mais que o 3GS, mas lembre-se: a bateria é 19% maior. Todo o resto foi muito reduzido para caber na carcaça menor.

Depois de montar todo o telefone de novo, eu posso dizer que realmente sinto muito (ainda mais!) pelos peões de fábrica na China que terão que fazer isso o dia todo.

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