Seu passaporte com chip será mais útil: inspeção no aeroporto vai durar 30 segundos

Desde fins de 2010, os passaportes brasileiros são emitidos com um chip que guarda os dados do documento. Mas agora, esse chip pode facilitar sua vida.

Desde fins de 2010, os passaportes brasileiros são emitidos com um chip que guarda os dados do documento. Mas agora, esse chip pode facilitar sua vida: nesta quinta-feira, começaram os testes de guichês eletrônicos que agilizam a checagem de passaportes em voos internacionais.

Com isso, seu passaporte não será conferido por um funcionário em um guichê: basta colocá-lo em um scanner, que libera (ou não) sua entrada ou saída do Brasil.

O guichê automático, chamado de “e-gate”, lê por radiofrequência os dados no chip, que fica na contracapa do passaporte. O chip guarda suas dez digitais, foto e assinatura. Caso tudo corresponda ao que está no banco de dados da Polícia Federal – ou seja, se o passaporte não for falso ou roubado – você pode prosseguir.

Mas isso não é tudo: a seguir, o sistema escaneia seu rosto para conferir se você é a mesma pessoa na foto do passaporte. Feito isso, você está liberado. A PF diz ao G1 que a inspeção automática de passaportes leva menos de 30 segundos; o método manual dura três minutos, em média.

A fase de testes começou em voos internacionais no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo). Os dezesseis e-gates estão disponíveis no embarque e desembarque dos terminais 2 e 3. Cada equipamento custou meio milhão de reais à GRU Aiport, concessionária que administra Cumbica.

Vale notar que este serviço só está disponível para brasileiros, maiores de 18 anos, portando um passaporte com chip; há um símbolo na capa indicando se ele possui o componente eletrônico. Já foram emitidos 7,47 milhões de passaportes com chip no país; e como o documento brasileiro expira após cinco anos, todos terão chip até 2016.

Este não é o primeiro teste dos e-gates: em 2011, foram instalados dois e-gates em Brasília, no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek. No entanto, seu uso estava restrito para brasileiros e portugueses com passaportes diplomáticos ou oficiais com chip. A ideia era expandir essa nova tecnologia para as cidades-sede da Copa do Mundo, o que não aconteceu.

Os guichês tradicionais continuarão a existir, afinal são necessários para estrangeiros. Mas estamos nos juntando, aos poucos, ao grupo de países que já adotaram os e-gates, como Portugal, Inglaterra e Austrália. [G1 e Folha]

Foto por Sebástian Freire/Flickr

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas