Enxaguante bucal mata a bactéria da gonorreia, mas cuidado com o que você vai pensar em fazer

Cientistas finalmente testaram o que o enxaguante bucal Listerine diz há anos: de fato, ele mata bactérias da gonorreia.

Cientistas concluíram que enxaguante bucal mata a bactéria da gonorreia – se ela estiver na sua boca. Não quero opinar sobre o que você faz com suas partes íntimas, mas eu não passaria enxaguante bucal nas minhas.

Usar fio dental todos os dias realmente funciona?

A Listerine, uma das grandes marcas de enxaguante bucal do mundo, dizia em seus anúncios em 1879 que o produto curava gonorreia, segundo o Live Science. Mas os cientistas por trás deste novo estudo dizem que ninguém se deu ao trabalho de testar se era verdade.

A equipe de cientistas australianos fez alguns testes. Em primeiro lugar, eles colocaram a bactéria causadora da gonorreia Neisseria gonorrhoeae em duas versões do enxaguante bucal: Listerine Cool Mint e Total Care. Eles espalharam as misturas em gel ágar – comida de bactéria – e as bactérias que se envolveram com o Listerine não cresceram.

Depois, a equipe fez com que 196 homens que se relacionaram sexualmente com outros homens e 58 dos quais eram positivos em gonorreia, gargarejar com Listerine. Depois disso, a garganta de apenas 52% desses homens infectados foi testada positiva para gonorreia, enquanto que 84% dos que engoliram uma solução salina foram testados positivo. O estudo foi publicado na Sexually Transmitted Infections.

Ouvir que cientistas só estão testando agora uma coisa que há muito tempo é considerada verdade pode soar familiar. No meio do ano, a Associated Press mostrou que ninguém se sujeitou a testar quão bem outra parte da rotina diária dental funciona: passar fio dental. Aquela história terminou do mesmo jeito que essa: há muita pesquisa a ser feita.

196 pessoas não é exatamente uma amostra grande. O gargarejo parece só ser eficaz para matar bactérias nas amígdalas, não mais a fundo na garganta, e os pesquisadores não fizeram um estudo de longo prazo para saber se as bactérias não voltaram depois.

[Sexually Transmitted Infections via Live Science]

Foto via aldenchadwick/Flickr

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