Por que o pouso em Marte da Curiosity, da NASA, terá sete minutos de terror

Em 5 de agosto, a Curiosity da NASA tocará a superfície do Planeta Vermelho. Ou é isso o que todos esperamos, porque será a aterrissagem mais maluca da história da exploração espacial. A sequência de pouso em si requer seis configurações de veículo, 76 dispositivos pirotécnicos, o maior para-quedas supersônico já criado e mais de […]
Curiosity.

Em 5 de agosto, a Curiosity da NASA tocará a superfície do Planeta Vermelho. Ou é isso o que todos esperamos, porque será a aterrissagem mais maluca da história da exploração espacial.

A sequência de pouso em si requer seis configurações de veículo, 76 dispositivos pirotécnicos, o maior para-quedas supersônico já criado e mais de 500 mil linhas de código. É um negócio tão intenso que os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, California, estão o chamando de Os Sete Minutos de Terror.

Assista a este incrível novo vídeo — que parece o trailer de um filme de Tony Scott — e você entenderá o porquê.

De acordo com Veronica McGregor, do supracitado laboratório da NASA, a tensão aumenta na medida em que a hora se aproxima: “Será uma noite emocionante, de uma forma ou de outra.”

Como ele funciona?

Quando li que a “casca” com jeitão de OVNI Laboratório de Ciências de Marte da NASA usaria um guindaste flutuante (chamado Sky Crane pela NASA) para aterrissar suavemente em Marte, eu não pude acreditar.

É a ideia mais incrível que se pode imaginar para pousar um veículo explorador. Na realidade, vendo o vídeo e a simulação hiperrealista da NASA demonstrando como o mecanismo flutua na prática, reduz a velocidade do veículo e então voa para longe, eu ainda não consigo acreditar. Poxa, até os engenheiros parecem ter seus momentos de “o que diabos a gente fez?”

Apenas pense a respeito do processo:

1. Primeiro, os foguetes da “casca” (uma armadura que protegerá o veículo e o guiará em sua descida) serão acionados para direcionar a cápsula ao ângulo desejado.

2. Quando isso for feito, um grande para-quedas será aberto para freá-la  na medida em que se aproxima da atmosfera marciana.

3. Tão logo a cápsula desacelere, o escudo de calor será ejetado, deixando o veículo exposto dentro da “casca”, anexado ao mecanismo de guindaste suspenso.

4. É aqui que o processo fica insano: os foguetes do guindaste flutuante serão acionados para cima, desacelerando ainda mais a descida.

5. A parte superior da “casca” será removida completamente, deixando o Sky Crane sozinho segurando o veículo da NASA, lentamente descendo até a superfície do planeta.

6. A algumas centenas de metros do terreno, o guindaste flutuante começará a descer o veículo usando “um trio de feios e um cordão umbilical” até que ele toque o solo.

7. Nessa hora, o guindaste será desanexado do veículo e voará para longe do local de pouso afim de evitar colisões.

Se você para para pensar, sete minutos de terror é uma descrição amena da situação.

Ah, e estaremos lá, no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no dia 5 de agosto, para contar-lhes a história em tempo real. Mal. Posso. Esperar.

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