Puma e Yves Béhar passam três anos projetando nova caixa de sapatos super ecológica

É difícil imaginar algo tão simples quanto uma caixa de sapatos passando por uma transformação total. Mas a Puma e a Fuseproject fizeram exatamente isso, e o resultado foi um projeto que vai transformar completamente a cadeia de ditribuição da marca -- economizando milhões em eletricidade, combustível e água.

É difícil imaginar algo tão simples quanto uma caixa de sapatos passando por uma transformação total. Mas a Puma e a Fuseproject fizeram exatamente isso, e o resultado foi um projeto que vai transformar completamente a cadeia de ditribuição da marca — economizando milhões em eletricidade, combustível e água.

"Repensar a caixa de sapatos é um problema incrivelmente complexo. O custo do papelão e das sobras de impressão são enormes, dado que 80M são enviados da China a cada ano", disse Béhar ao FastCompany.com. "Compartimentos de carga nos navios podem chegar a temperaturas de  até 43 graus durante semanas seguidas, por isso que as embalagens são um enorme problema. Esta solução protege o calçado e ajuda as lojas a estocá-los, enquanto economiza valores altíssimos em materiais".

Depois de passar 21 meses estudando fabricação e transporte de caixas, a Fuseproject se deu conta que qualquer melhoria feita ao antigo sistema seria meramente incremental. Por isso que, em vez de incrementar a caixa, a "clever little bag" (caixinha esperta, em português) combina os dois elementos do pacote de qualquer venda de calçado — a caixa e a sacola — com genialidade tecnológica.

A sacola em si mantém presa uma estrutura de papelão — que, diferente de uma caixa, apenas dá a forma, reduzindo o uso de papelão em 65%. Além disso, sem aquele exterior brilhante da caixa, não há papelão laminado (o que interfere na reciclagem). Não há papel-manteiga dentro. E não há uma sacola plástica que você vai jogar fora. A sacola em si é feita de PET reciclado.

O impacto: a Puma estima que a nova caixa/sacola irá cortar consumo de água, energia e combustível em 60% só na fabricação — em um ano, isso resulta em economia de 8.500 toneladas de papel, 20 milhões de mega joules de eletricidade, 264.000 galões de combustível e 264 galões de água. A dispensa das sacolas plásticas vai salvar 275 toneladas de plástico, e o peso reduzido vai economizar outros 132.000 galões de diesel no transporte.

A implementação disso está planejada para o ano que vem. Depois disso é só esperar que o design se torne o padrão.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas