Repórter brasileiro visita os arredores da Foxconn em Shenzhen

Relatos da Foxconn não são tão comuns quanto anúncios de novos Androids ou rumores do próximo iPhone, mas desde aquela terrível onda de suicídios na fábrica chinesa de Shenzhen, a empresa tem sido mais flexível com a imprensa internacional na tentativa de reverter a imagem de inferno na Terra que muitos tinham (e ainda têm) […]
Fábrica da Foxconn, em Shenzhen, China.

Relatos da Foxconn não são tão comuns quanto anúncios de novos Androids ou rumores do próximo iPhone, mas desde aquela terrível onda de suicídios na fábrica chinesa de Shenzhen, a empresa tem sido mais flexível com a imprensa internacional na tentativa de reverter a imagem de inferno na Terra que muitos tinham (e ainda têm) dela. Ainda não foi dessa vez que um brasileiro esteve lá dentro, mas Felipe Zmoginski, da INFO, chegou perto.

Felipe fez um tour pela China, partindo da capital Pequim até Hong Kong e Shenzhen, no sul do país. Ele prometeu, em seu blog dentro da INFO, relatar a experiência em uma série de posts. No primeiro, conta como foi a sua “quase visita” à fábrica da Foxconn em Shenzhen.

“Quase visita” porque não deu para ele entrar efetivamente nas instalações; ante a negativa de uma relações públicas da Foxconn, só foi possível, na surdina, conhecer os arredores da gigantesca fábrica, dentro do complexo chamado pelos moradores locais de “iPod City” — afinal, é ali que o grosso de iPhones e iPads é fabricado.

Debby Chan, diretora da SACON, uma ONG que se dedica a denunciar abusos contra trabalhadores, ponderou diversas situações ruins a que os funcionários da Foxconn estão sujeitos. As condições deles melhoraram desde a intervenção direta da Apple, na figura de Tim Cook, em meados de 2010, mas ainda não são ideais — e pioram em fábricas do interior.

Apesar disso, os chineses parecem não se incomodar muito com as longas jornadas e os baixos salários que deixam ocidentais estarrecidos, corroborando o discurso da própria Foxconn de que as horas-extras são voluntárias e a maioria não se importa em trabalhar pra caramba — parece ser uma questão mais cultural do que trabalhista. Yan, por exemplo, um jovem de 20 com quem Felipe bateu um papo em um boteco no entorno da fábrica principal, disse que “Minha família ficou muito assustada quando eu contei que trabalharia aqui, pois eles sabem dos suicídios que aconteceram na Foxconn, mas eu não me importo com isso e tenho um trabalho que não é bom, mas também não é ruim.”

Para ler o relato completo, que é bem bacana, siga o link. [INFO]

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